A ampliação na oferta de exames de imagens e consultas com
especialistas, e assistência ambulatorial para tratamento de feridas com
coberturas especiais foram alguns avanços que o Centro de Referência
Municipal à Pessoa com Doença Falciforme assegurou aos pacientes nos
últimos anos. Também tem realizado o exame de Doppler Transcraniano, que
avalia o fluxo sanguíneo em crianças e adolescentes que possuem a
doença, prevenindo-os contra um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O Centro de Referência fez parcerias com universidades para
desenvolvimento de pesquisas de doutorado e mestrado, deu apoio às
famílias em situação de vulnerabilidade social com distribuição de
cestas básicas e recebeu a visita de representantes do Ministério da
Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado, que reconheceram os serviços
prestados.
As ações desenvolvidas pelo programa foram destacadas pela coordenadora
Luciana Brito durante encontro com os pacientes na manhã desta
terça-feira, 13, no Centro Social Urbano (CSU), no bairro Cidade Nova,
onde o centro funciona. O encontro contou também com a presença do
presidente da Associação Feirense da Pessoa com Doença Falciforme,
Sandoval Coutinho.
Luciana Brito destacou ainda que o centro disponibiliza medicação
específica para os pacientes falcêmicos e mantém parceria com o Hospital
Inácia Pinto dos Santos, onde são realizados exames laboratoriais, e
com o Hospital Dom Pedro de Alcântara. Nesse período foram realizadas
diversas capacitações com os profissionais de saúde.
400 pacientes cadastrados
Atualmente o Centro de Referência possui cerca de 400 pacientes
cadastrados - alguns estão sendo acompanhados desde o início das
atividades da unidade. Eles apresentavam úlceras que foram tratadas e
algumas curadas, através de tratamento de ponta oferecido pelo
Município.
A anemia falciforme é uma doença ocasionada pela alteração genética na
hemoglobina – proteína responsável em absorver e transportar o oxigênio
no sangue e liberá-lo no tecido. Acomete mais as pessoas negras - há
poucos registros em brancos. É hereditária e não tem cura.
Os portadores da doença apresentam fortes dores nos ossos, músculos e
articulações, cansaço, tem anemia, olhos amarelados (icterícia),
insuficiência renal aguda, feridas (úlceras). Em crianças pode haver
edemas nas mãos e pés. O diagnóstico pode ser feito no bebê logo após o
nascimento, através da triagem neonatal - “Teste do Pezinho” - e, quando
adulto, pelo exame de eletroforese de hemoglobina.
No Centro de Referência, os pacientes contam com atendimento de uma
equipe multidisciplinar formada por clínico geral, hematologista,
nutricionista, assistente social, enfermeiros, psicólogo, técnicos de
enfermagem, entre outros profissionais. O programa é mantido apenas com
recursos da Prefeitura de Feira de Santana, sem contrapartida estadual,
federal ou de outros municípios.
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