Um desabamento de camarote no circuito da maior festa de rua do interior da Bahia foi tema do VII Grande Simulado de Micareta, promovido pelo Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (SAMU), nesta quinta-feira, 12. O evento envolveu cerca de 250 pessoas, entre profissionais e estudantes que atuaram como vítimas.
Diante da simulação de desabamento, 11 vítimas foram retidas embaixo dos escombros, duas delas com óbito confirmado pela equipe de Departamento da Polícia Técnica (DPT). Outras 89 estáveis, andando e com poucas escoriações, foram redirecionadas pelo Corpo de Bombeiros para avaliação médica. A ação contou com o apoio de várias competências municipais.
A primeira equipe a chegar no local em uma situação como essa é a Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia). Na simulação, a ação do órgão foi imediata, desligando todo circuito elétrico para evitar danos maiores. Em seguida, o Corpo de Bombeiros fez a avaliação da área para que a equipe do SAMU pudesse entrar em ação, delimitando a atuação dos profissionais em três zonas: quente, morna e fria.
Controle do evento e separação das zonas de risco são as principais ações
Segundo a coordenadora do SAMU, Maiza Macedo (foto), num desastre a principal atividade é o controle do evento e a separação das zonas de risco, com a retirada das vítimas da zona quente – que é onde acontecem os maiores danos. “Utilizamos o método Start que classifica as vítimas por gravidade, através de uma triagem que ajuda a fazer o transportamento rápido e com segurança”, informa.
Estudante destaca aprendizado proporcionado através desta experiência
Participando pela primeira vez de um simulado, o estudante de enfermagem, Edmilson Santos (foto), atuou como vítima em estado de óbito. Para ele a experiência é de aprendizado. “Tudo que estudamos na teoria pudemos acompanhar hoje aqui sendo aplicado na prática. Ver como a rede de urgência é articulada em nossa cidade, sentir na pele o que passa uma vítima de um desastre como esse e observar de perto a atuação da equipe é um sentimento incrível”, relata.
O treinamento envolveu além da equipe do SAMU, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil, Exército, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Superintendência Municipal de Trânsito, Departamento de Polícia Técnica, estudantes e instituições de ensino superior.
Treinamento e integração entre os órgãos, destaca coordenador da Defesa Civil
Para o coordenador da Defesa Civil, Pedro Américo (foto), o simulado é fundamental para integrar os órgãos e ajudar numa evolução em conjunto. “Essas ações permitem que sejam identificadas algumas falhas de protocolo, além da atuação diferenciada de cada órgão. Então é importante para a gente se comunicar, se ouvir e evoluir”, ressalta.
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