“Elementos que não aparecem na TV, ou nos livros, mas que são preciosidades e objetos de estudo para esses meninos; e a Orquestra decide homenageá-los”. A afirmação é da produtora executiva da Orquestra Reggae de Cachoeira, Débora Bittencourt, sobre as homenagens prestadas ao grupo musical cachoeirano, os Tincoãs, em suas apresentações.
O grupo se apresentou na noite deste sábado, 29, na Avenida Getúlio Vargas (cruzamento com a Rua Barão do Rio Branco), como parte do projeto - de adaptações musicais ao reggae - contemplado por edital de apoio a grupos e coletivos culturais lançado pelo Fundo de Cultura da Bahia. Ao todo, são quatro apresentações – Cachoeira e Feira já realizadas; a próxima acontece em Salvador.
O projeto tem como objetivo enfatizar a ancestralidade africana – presentes em Cachoeira e na Bahia – a partir da obra do grupo baiano. Badu, Dadinho e Mateus Aleluia formaram os Tincoãs; os três combinavam harmonia vocal forte, tradições do candomblé e samba de roda em seu som.
A decisão por homenageá-los foi tomada quando Mateus Aleluia visitou a Orquestra, num encontro em que falou sobre a história do grupo que atuou entre os anos 70 e 80 e sua musicalidade.
Fluxo de membros é transitório
Em atividade há 6 anos, a Orquestra Reggae de Cachoeira, primeira orquestra do recôncavo baiano, é formada por 21 talentosos integrantes que variam entre 12 e 19 anos de idade; todos estudam, tanto em escolas quanto universidades. Mas, de lá pra cá, o fluxo de membros é transitório. “A ideia é que haja essa rotatividade”, afirma Débora (foto).
Para ingressar no grupo, os jovens passam por auditoria em que executam partitura de escolha própria. O projeto também foi contemplado pelo edital Itaú Cultural que oferece aulas de qualificação e profissionalização musical aos alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário