Por uma chance à paz, a Secretaria de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos (Seprev) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 12, a campanha “Feira Pede Paz”, ação que envolve todas as secretarias do Governo Municipal, indignado com a escalada da violência que, só este ano, já ceifou 295 vidas na cidade, vitima de assassinatos.
Aberta oficialmente na “Casa da Paz”, um stand armado no canteiro da Avenida Getúlio Vargas, com a presença do prefeito Colbert Martins Filho e todo o secretariado, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e de segmentos religiosos, a campanha “Feira Pede Paz”, será levada às escolas da rede pública, praças e bairros da cidade, através de uma caravana motivacional.
A Caravana da Paz tem como símbolo um origami em formato de pomba, que está sendo distribuído e multiplicado em oficinas itinerantes que ensinam como confeccionar as peças, a partir de uma folha retangular de papel branco.
O movimento consiste ainda em distribuir bottons, adesivagem e plotagem de carros com a marca da campanha, bem como levar mensagens alternativas sobre a cultura da paz, a exemplo de apresentação de vídeos e abordagens sobre o tema.
Meta é mobilizar a comunidade feirense
O secretário Pablo Roberto Gonçalves (Seprev), reiterou que “a campanha tem como meta mobilizar a comunidade feirense a fortalecer a cultura da paz e a não violência, além de refletir sobre como podem promover a paz em seus espaços de convivência”.
“Nós precisamos nos indignar contra esta violência para construir, em nossa cidade, uma cultura de paz. Todo o dia se reclama nas emissoras de rádio locais, sobre a quantidade de buracos que há nas ruas, mas não se vê ninguém se levantar contra as 295 mortes por assassinatos que já ocorreram. É que a gente só reclama da violência quando ela ocorre perto da gente, e no dia seguinte ao desespero, a vítima passa a contar nas estatísticas policiais”.
Testemunho emociona o prefeito
Indignou-se o prefeito Colbert Filho (foto), após ouvir o testemunho emocionado de Laion Guimarães, que se antecipando à sua fala, narrou o drama vivido por seu pai, abandonado numa estrada periférica da cidade, depois de ter sido assaltado e colocado no porta-malas do próprio carro. “Desde então”, contou Laion, “meu pai passou a conviver com os traumas psicológicos decorrentes da brutalidade de que foi vítima.
Invocando a Constituição Nacional, Colbert Filho enfatizou a responsabilidade do Governo do Estado em promover as ações de prevenção e de segurança para os cidadãos: “Quem morre mais são pobres, jovens e negros, e para mudarmos isso nós temos que estar juntos”, disse.
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