Confraternizaçã
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Dezembro é um dos meses mais esperados do ano para reunir a família e comemorar o Natal. Mas para as pessoas em situação de rua a realidade é bem diferente. A aproximação da data natalina é reflexo de tristeza e saudade. É isso que relata A. S. (abreviação do nome), durante ação do Programa Consultório na Rua, iniciativa da Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde.
A abordagem dos profissionais teve um objetivo diferente nesta terça-feira, 11. Com gorros de papai noel, médico, enfermeiros, assistente social, técnica de enfermagem e psicólogo fizeram uma confraternização natalina com distribuição de lanches, atendimento médico e acolhimento.
Quando os profissionais chegaram a Praça J. Pedreira, na Avenida Getúlio Vargas, dezenas de moradores de rua já estavam reunidos a espera. Com abraços e sorrisos, a equipe é recebida. “A gente sabe que eles passam a noite, já temos a base do horário toda terça”, ressalta João Ricardo Brito, que mora nas ruas há 15 anos.
Entre tantas histórias a serem contadas, atentos os profissionais de saúde buscam dar atenção a todos. “Geralmente Natal é uma data triste pois eles não possuem família e nem vínculo de amizade. Tem sempre uma história por trás deste que está na rua. A gente não sabe o motivo especifico de cada um, mas estamos aqui para acolher e ajudar”, relata o psicólogo João Bezerra.
De acordo com João, em momentos como esses, aos quais as lembranças e a saudade apertam, a única coisa que os moradores de rua precisam é de alguém que os abracem sem preconceito. “Eles precisam conversar, desabafar. E nós enquanto profissionais de saúde vamos fazendo esse papel, cada um em sua área, conquistando a confiança deles aos poucos”, ressalta.
Diariamente, o programa Consultório na Rua percorre a cidade levando a promoção da saúde a pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. Com ações diurnas e noturnas, as estratégias visam atender as necessidades de cada paciente. “De segunda a sexta, atendemos durante o dia, mas separamos um dia no mês para dar uma atenção especial aquelas pessoas que temos dificuldades de encontrar em outros horários”, informa Darlene Santos, coordenadora do Consultório.
Foto: Camila Novaes
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