Com pincel e tinta guache branca nas mãos, vários artistas de rua oferecem seus trabalhos de imagens de pintura tribal, manifestação presente em várias culturas. E a quantidade de foliões com braços e pernas com os desenhos se multiplicam à medida que os trios entram no Circuito Maneca Ferreira.
Como grande parte dos artistas, Herbert Agito e Paulo Cerqueira moram em Salvador e estão na Micareta inicialmente para trabalhar, mostrar suas artes, e, se der, se divertir. Brincar atrás dos trios. Os valores cobrados são baixos e negociáveis. Inicialmente cobram R$ 5, que pode cair para R$ 3 ou R$ 2, a depender do ‘choro’ do cliente do momento.
E trabalham rápido ao unir arte e criatividade. “Numa noite boa a gente consegue faturar R$ 300, R$ 400”, disse Agito, que revelou que a micareta deste ano está muito boa para o negócio do desenho tribal. “Já estive aqui outras vezes e sempre ganhei dinheiro”.
Os seus clientes preferenciais são as crianças. Usam a mesma estratégia dos vendedores de brinquedos, e não são nada discretos ao oferecer seus serviços aos pequenos. “As mães sempre atendem aos pedidos dos filhos”. Foi assim com Jennifer Daniela, que ganhou o desenho em um dos braços.
Luciano Borges, também de Salvador, disse que está participando da Micareta pela primeira vez. “Os trabalhos estão aparecendo e espero que os resultados no domingo sejam os melhores em termos financeiros”. Depois da diversão, a tinta sai com uma lavada. E nem é necessário caprichar tanto.
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