Na manhã desta quinta-feira, 22, a alegria tomou conta do bairro Muchila com a passagem do 1º Cortejo do Centro de Cultura Maestro Miro, em alusão ao Dia do Folclore. Com a participação de alunos do Programa Arte de Viver, a festa foi ornamentada e bastante caracterizada pela manifestação artística e cultural do povo brasileiro, evidenciando a influências de negros e índios.
O prefeito Colbert Martins Filho destacou a importância da iniciativa voltada a valorização da cultura, especialmente em um momento no qual a globalização está cada vez mais evidente. “Tudo hoje é internet, tudo hoje é automático, tudo é feito rápido. Mas o folclore e a cultura não são globais. A economia é global, no mundo todo, mas a cultura não. A cultura é da gente, o folclore é nosso. E isso só se preserva quando há a valorização”, explica.
Segundo Celiah Zain, maestrina do Coral Maestro Miro e Rainha do 1º Cortejo Folclórico do CCMM, a roupagem do evento foi a fiel representação da miscigenação, principal característica do povo brasileiro. “A gente não pode falar do folclore sem destacar a contribuição do negro e do índio”, explica.
O Coral Maestro Miro resgatou cantigas de roda e cantos populares que marcaram a infância de pessoas variadas idades. “Trouxe o canto popular, as cirandas, o canto folclórico: 'Na Bahia tem…', Cantamos o 'Marinheiro só', e até 'O Cravo brigou com a rosa', que é uma tradição milenar, então, a cultura popular é isso. Me juntei com o grupo do Zazinha, com os grupos de Teatro do Arte de Viver e fizemos um grande samba de roda aqui no salão do CCMM, uma coisa linda', ressalta Célia.
O diretor do Maestro Miro, Luiz Augusto Oliveira, afirma que a iniciativa é muito importante para a preservação da cultura. “O Dia do Folclore é uma data importante, e sempre lembrada. Feira teve há alguns anos atrás um evento importante, que era a Caminhada do Folclore, promovido pela Universidade Estadual de Feira de Santana, mas infelizmente parou de ser feito há alguns anos. E o folclore não pode ficar em segundo plano, não pode deixar de ser lembrado, porque é a cultura popular. Com a iniciativa da Prefeitura, pudemos resgatar essa memória”, observa.
Estandartes encantaram o público
A programação contou com cortejo iniciado às 6h30, que seguiu até o novo Centro Dona Zazinha, retornando para o Maestro Miro; apresentação do Quixabeira da Lagoa da Camisa; O grupo Calamaço das Artes que reuniu músicas e literatura de cordel; apresentações que resgataram a representação da Yara na cultura baiana.
Os estandartes, que anunciavam cada atração, foi um dos aspectos que chamou a atenção do público. "Estandartes eram utilizados como se fossem guias, nas guerras. Era um tipo de bandeira levada pela tropa e utilizada em diversas ocasiões. Neste caso, os estandartes serviram de lembretes para quem entrava no local e não sabia do que se tratava o evento. Lembravam lendas, parlendas e o motivo daquela comemoração", explica Celiah.
O evento foi uma iniciativa da Prefeitura, através da Fundação Cultural Egberto Costa, junto ao Centro de Cultura Maestro Miro - equipamento da Fundação.
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