A Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semmam), esteve presente na abertura da Semana do Clima da América Latina e Caribe 2019 (Climate Week), que ocorreu nesta segunda-feira, 19, em Salvador. Até o próximo dia 23, renomados participantes estarão debatendo acerca dos desafios e oportunidades relativos às mudanças do clima na região.
Representando a Semmam, o chefe do Departamento de Educação Ambiental, João Dias, afirma que essa é uma oportunidade para conhecer as iniciativas de sucesso que outros municípios e países já adotaram para conter as mudanças climáticas que poderão, posteriormente, servir como modelo para o município.
Ele destacou a palestra do renomado climatologista mundial, Carlos Nobre. “O palestrante mostrou, resultado de suas pesquisas, que o clima no planeta, inclusive no Brasil, já alterou muito e que a temperatura vem subindo consideravelmente. Isso aponta a necessidade dos governos e da sociedade desenvolver ações para conter as mudanças climáticas”, afirma considerando “a situação é extremamente preocupante”.
Conforme João Dias, durante os debates chegou-se à conclusão que devido a alteração no clima no planeta, há plantas que vão parar de germinar, porque deixarão de processar a fotossíntese; alguns peixes, aves e repteis também poderão ser extintos. “Se o clima continuar aumentando entre 2050 a 2080, todo o nordeste brasileiro poderá desertificar e o bioma caatinga desaparecer”.
O chefe de Educação Ambiental afirma que a mudança climática é um processo natural. No entanto, o modo de viver do homem tem implicado de modo considerável nessas alterações. Ele cita o desmatamento, o uso de adubo nitrogenado na agricultura e a queima de combustíveis fósseis. “É preciso a conscientização e mudança de comportamento de todos e isso, começa dentro da própria casa ao plantar uma árvore ou cuidando da alimentação”.
Entre as ações consideradas por João Dias que poderão ser adotadas pelo Município são: “Investir mais em educação ambiental; converter o combustível usado nos veículos oficiais em GNV; criar unidades de conservação nos distritos; monitorar a qualidade do ar e acompanhar através do CEFIR (Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais) as propriedades rurais que mantêm os 20% de reserva legal”.
As conclusões do Semana do Clima irão alimentar os resultados da Cúpula sobre a Ação Climática, organizada pelo Secretário-Geral da ONU em 23 de setembro em Nova Iorque, com o objetivo final de impulsionar a ambição e acelerar a implementação do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A última edição latino-americana da Semana do Clima, que ocorreu no ano passado em Montevidéu, capital do Uruguai, reuniu mais de 600 participantes de 67 países.
Além do chefe de Educação Ambiental, da Semmam também estavam presentes ao evento Sérgio Aras, técnico em Segurança do Trabalho; a pedagoga Elizângela Lucena, mais os estagiários Lucas de Jesus e Kedma Oliveira.
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