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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Prefeitura adquire implantes contraceptivos de longa duração que ainda não são ofertados pelo SUS


Feira de Santana sai na frente dos demais municípios baianos no que se refere a planejamento familiar. O Governo do prefeito Colbert Martins Filho, através da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), adquiriu com recursos próprios dois tipos de contraceptivos de longa duração e que ainda não são ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde): o Implante e o DIU Mirena. O investimento foi de R$ 354.475,00 (trezentos e cinquenta e quatro mil, quatrocentos e setenta e cinco reais). 
O Implante é um método contraceptivo em forma de um pequeno tubo de silicone, com cerca de 3 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que é introduzido embaixo da pele do braço da mulher pelo médico ginecologista. O DIU hormonal ou DIU Mirena é um contraceptivo que contém um hormônio, o levonorgestrel, que vai sendo liberado no útero após a sua inserção.
Público vulnerável à gravidez não programada
Há três meses, o Hospital Inácia Pintos dos Santos (Hospital da Mulher) criou o ambulatório de planejamento familiar visando diminuir os riscos maternos e fetais e combater as altas taxas de gravidez na adolescência, bem como pacientes soropositivas e em situação de risco (usuárias de drogas e em situação de rua). Além da orientação, o público-alvo será beneficiado com o novo planejamento reprodutivo.

“Vamos prestar assistência a esse público-alvo seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, através do ambulatório do Planejamento Familiar com o objetivo de fortalecer esse público referência, que são pacientes em situação de vulnerabilidade. Neste sentido criamos o ambulatório de alto risco, que presta a assistência pós parto e direciona essas mulheres através da Central de Regulação para outras assistências oferecidas pelo  Governo Municipal e para o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)”, explica a diretora-presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas.
Prevenção
Em 2019, de janeiro a setembro, o Ambulatório de Planejamento Familiar do Hospital da Mulher atendeu 1.122 casos de adolescentes grávidas – com idade entre 12 e 17 anos. Para o prefeito Colbert Martins Filho, médico por formação, o índice é considerado alto. “E corrobora para aumentar os níveis de complicações materno fetais, sem citar o impacto social e psicológico para estas adolescentes”, observa.

A presidente da Fundação Hospitalar informa que o Governo Municipal já oferece para pacientes no CMPC (Centro Municipal de Prevenção ao Câncer) o DIU de cobre, método contraceptivo usado pelas mulheres. “Esse contraceptivo é do tipo que não contém hormônios, então é recomendado para as mulheres que não se adaptam bem aos métodos hormonais. Entretanto, observamos um número crescente de mães adolescentes e de alto risco, muitas são usuárias de drogas e que vivem nas ruas e por essas razões o Governo Municipal decidiu investir nesses novos contraceptivos de longa duração para atender exclusivamente a este público”, reforça.
A presidente destacou ainda a capacidade técnica dos profissionais que prestam assistência nas unidades de saúde vinculadas a Fundação Hospitalar. “Esse atendimento é feito no CMPC pela equipe técnica especializada acompanhada pelos médicos dra. Andréa Alencar e dr. Francisco Mota”, citou Gilberte.
No Brasil a taxa é de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil jovens do sexo feminino da faixa etária entre 15 e 19 anos. O índice é maior que a taxa mundial, que corresponde a 44 adolescentes grávidas para cada grupo de mil. Nos últimos anos 13,2 milhões de crianças e adolescentes ficaram grávidas, segundo o relatório anual Situação da População Mundial do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da Organização das Nações Unidas (ONU).

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