Por meio de uma carta enviada ao Acorda Cidade, um grupo de excelentes médicos que integram a equipe de Neurocirurgia do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), comunicou que deixará de realizar atendimentos aos pacientes do hospital, a partir de dezembro. Um novo grupo iniciará o atendimento à população.
O diretor do hospital Dr. Carlos Pitangueiras informou ao Acorda Cidade, que o motivo da saída dos médicos foi causado por desavenças entre os dois grupos da neurocirugia há 60 dias, e que neste período vários pacientes ficaram desassistidos, sem revisões. O diretor questionou, inclusive, por que o renomado médico Eduardo Portírio, não foi citado na carta enviada pelos médicos.
O motivo, segundo a carta, são as condições precárias de trabalho. "A precarização das condições de trabalho nos deixou incomodados, pois não poderíamos fazer uma neurocirurgia decente e adequada para aqueles que precisam muito (pacientes do SUS), apesar da cobrança contínua por melhores condições por parte da coordenação”, diz o documento.
A equipe foi formada desde a inauguração do HGCA. “No princípio com neurologia clínica, com Dr Joseli Schettini e Dr. Luiz Alberto Urbanneto. Após alguns anos, Dr. Luís Carlos Fernandes chegou a equipe (1988), melhorando mais o atendimento aos pacientes neurológicos. Era um tempo mais difícil, sem tomógrafo no Brasil. Após 10 anos, Dr. Cleanto Lacerda também foi adicionado à equipe, que permaneceu atendendo só os casos clínicos. Os pacientes cirúrgicos eram encaminhados para a realização de TC no Hospital Emec e, se fosse cirúrgico, eram encaminhados para o Hospital Dom Pedro de Alcântara para cirurgias ou para o HGE. Posteriormente outros colegas neurocirurgiões foram chegando e aprimorando a equipe: Dr Luiz Eduardo Lima, Dr. Rui Nei Araújo, Dr. Alcione Mendes, Dr. Alex Marques e por último, Dr. Emerson Bernardo Gomes. A partir de 2007 começamos a fazer as cirurgias neurológicas de urgências no próprio HGCA, e posteriormente cirurgias eletivas. Mais de 300 cirurgias no ano de 2019. Apesar das condições não muito favoráveis, fizemos, modéstia à parte, um trabalho corajoso e importante para a população de Feira de Santana e região”, recordam os médicos na carta.
Informações do Acorda Cidade
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