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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Pesquisa da UEFS mostra que valor da cesta básica caiu 3,32% em agosto

 

O valor da cesta básica de Feira de Santana caiu 3,32% em agosto, contabilizando R$ 502,22 no mês. Esta foi a segunda queda consecutiva no preço da cesta em 2022. No trimestre, o aumento da cesta foi de 0,15%, sobressaindo a alta de 55,51% no preço médio do leite (em maio, o preço médio do litro de leite estava em R$ 5,55, e, em agosto, esse preço foi de R$ 8,52). No ano de 2022, o incremento da cesta foi 7,76% e, em 12 meses, a elevação do custo da cesta básica de Feira de Santana chegou a 18,31%.

A equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” registra que os dados levantados e ora apresentados estão em consonância com aqueles divulgados pelo IBGE para o mês de agosto: em 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 9,60%,sendo que o grupo de alimentos e bebidas a variação foi de 14,71%.
 
Sobre os preços levantados em Feira de Santana em agosto, constata-se que, dos doze produtos que compõem a cesta, seis tiveram seus preços médios majorados no mês. As maiores elevações foram as dos produtos lácteos que compõem a cesta: manteiga (6,43%) e leite (5,58%). Os demais produtos que registraram aumento foram a farinha (3,83%), o café, o pão e a carne (para esses três, as altas variaram entre 1,55% e 1,41%). Dentre os alimentos que apresentaram queda de preço médio, destacaram-se o tomate (-31,72%) e o óleo (9,52%). Os outros produtos registraram quedas entre 3,38% e 0,23%.
Em 12 meses, a variação da cesta básica de 18,31% foi puxada, principalmente, pelos aumentos do preço médio do leite (72,12%), café (59,58%), farinha (39,46%), manteiga (30,95%) e pão (30,14%). Os únicos dois produtos que tiveram baixa foram o tomate (-6,64%) e o arroz (-5,99%). A carne, alimento com maior peso na composição da cesta básica (26,38% em agosto), registrou aumento no preço médio de 2,32%.
 
Analisando as duas principais refeições do cidadão feirense, percebe-se que o dispêndio com o almoço, constituído de arroz, feijão e carne, correspondeu a 37,42% do valor da cesta básica de agosto, percentual superior ao observado em julho 36,11%. O café da manhã, que reúne pão, manteiga, café e leite, representou 35,77% do custo da cesta - percentual também maior que o verificado no mês anterior, de 33,34%. A elevação do preço dos produtos lácteos foi quem impulsionou o peso do café da manhã no valor da cesta.
 
No tocante à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), observa-se que o trabalhador comprometeu 44,80% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em agosto. Trata-se de um comprometimento de 1,43 ponto percentual menor que o calculado em julho (46,33%), reflexo da queda verificada no valor da cesta no mês agosto. Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 98 horas e 33 minutos, o que significa uma redução de quase 3 horas e meia do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.
 

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