Ao longo do tempo, na sua magnitude de princesa, Feira de Santana tem sido mãe fecunda e orgulhosa pela geração de filhos ilustres, destacados nas mais diversas áreas, assim como figuras marcantes, pelas suas ações beneméritas em favor da humanidade. Desse modo seria impossível deixar de falar de Divaldo Pereira Franco, líder da doutrina espírita no país, com mais de 200 obras psicografadas traduzidas em cerca de duas dezenas de idiomas e cujas vendas - que se aproximam de oito milhões de exemplares - servem de apoio financeiro para o trabalho social que ele realiza.
Independente do seu trabalho literário, psicografando mensagens e orientações espirituais de Joanna de Angelis, Victor Hugo, Bezerra de Menezes e Rabindrath Tagore (Prêmio Nobel 1913), e de palestras em vários países sobre a doutrina espírita, o professor feirense está materialmente presente em Salvador, através da Mansão do Caminho, obra magnífica que atende milhares de crianças e jovens de famílias pobres, alimentando-os e propiciando-lhes a educação.
Nascido nesta cidade em 5 de maio de 1927, formou-se em professor primário em 1943 pela Escola Normal Rural de Feira de Santana – atual Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG). Em 1945 transferiu-se para Salvador e aprovado em exame ingressou no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (Iapseb), aposentando-se em 1980 após cumprir com muito zelo o seu trabalho.
Para melhor identificá-lo como membro da comunidade feirense, vale lembrar seus pais, Francisco Pereira Franco e Ana Alves Franco. E a ainda a figura popular do seu irmão Osvaldo Franco (Ioiô Goleiro) que foi delegado da Polícia Civil e teve grande destaque no futebol como titular do Fluminense de Feira, no período pré-profissional.
Muito jovem, após a morte de dois irmãos, Divaldo Franco passou a sofrer distúrbios de origem não identificada pela medicina, mas começou a ter contato com pessoas que conheciam o espiritismo e que passaram a lhe oferecer apoio para a superação do trauma. Em 1947 decidiu não apenas participar, mas divulgar a doutrina de Allan Kardec, (pseudônimo do pedagogo francês Hipolyte Léon Denizard Rivail), passando a ser tratado como ‘o apóstolo do espiritismo’. Ainda em 1947, ao lado e Nilson de Sousa Pereira, instalou em Salvador, no dia 7 de setembro, o Centro Espírita Caminho da Redenção.
Em 15 de agosto de 1952 o líder espírita inaugurou na capital baiana a Mansão do Caminho, que tem desenvolvido um exemplar trabalho social nesse longo período de funcionamento, atendendo órfãos e abandonados. Sob a orientação espiritual de Joana de Angelis, Divaldo Franco lançou em 1964 “Messe de Amor”, primeiro livro psicografado e daí em diante foram muitos. Os livros vendidos, assim como as gravações de palestras por ele proferidas, têm os valores obtidos empregados na manutenção das obras sociais do líder espírita feirense.
Por: Zadir Marques Porto
Fotos: Valdenir Lima
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