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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

FEIRA 191 ANOS: Relógio Rotary, olhá-lo é preciso

 

O equipamento teve a parte mecânica projetada pelo engenheiro feirense Drance Amorim, que trabalhou na NASA

Era para ele ser olhado sempre, de minuto em minuto. Afinal, ele está ali para isso! O ponteiro não para e não pode parar. Atrasar ou adiantar não é o papel de um bom relógio e isso só pode acontecer se  a bateria estiver descarregando. Aliás, para não deixar dúvida, existe o adágio muito conhecido ‘relógio que atrasa, não adianta!’. O problema é que ninguém está olhando para ele. Mesmo sendo uma engrenagem de metal, será que ele nada sente?.

“Desculpe, eu passo aqui todos os dias, mas nunca olhei as horas”, garante o comerciário Samuel Santos, justificando a “correria” e o local "muito complicado" devido a existência de semáforos que exigem toda atenção dos pedestres. 

Dona Eulina Moreira, residente no bairro Sobradinho, garante que há muito tempo conhece o relógio, mas não vê maior utilidade. “Acho interessante, até como  memória da cidade, assim como há bustos  e estátuas, mas de uma forma prática não”. Mas ela sai em defesa do Relógio do Rotary: “Se a ideia é tirá-lo, eu não vejo razão”. E logo fica tranquila ao saber que o questionamento nada tinha a ver com o que ela imaginou. 

Na avenida Getúlio Vargas, bem localizado, em frente ao Edifício Ana Muller, o Relógio do Rotary foi festivamente inaugurado em 1997, contando com o apoio do Banco Sudameris, na época, gerenciado por Helenilton Moreira Silva.

A princípio não só por se constituir em uma novidade, como pela utilidade, o relógio que fica a uma altura de cerca de 20 metros, era consultado, mas perdeu essa notabilidade por vários motivos, até mesmo pelo intenso fluxo de veículos no local que não permite a quem passa contemplá-lo, mas continua trabalhando regularmente e hoje tem um significativo valor como um símbolo da antiga "terra do gado", tanto assim que visitantes fazem questão de fotografá-lo.

O equipamento teve a parte mecânica  projetada pelo engenheiro Drance Amorim, que trabalhou na NASA, e a base por seu irmão, o arquiteto Amélio Amorim. Conforme informações, o projeto original eletrônico teria sido modificado para adequá-lo aos recursos então disponíveis. São 27 anos do Relógio do Rotary, que merece mais atenção da comunidade. 

Por: Zadir Marques Porto

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