Dentro de mais duas semanas 16
agricultores da Associação dos Moradores do Alto do Rosário receberão a
primeira parcela para que iniciem a construção das suas casas. Os contratos
firmados entre as famílias beneficiadas, a Caixa Econômica Federal e a ONG
Carangonde Cidania, foram assinados na manhã desta terça-feira, 5, na
Prefeitura de Feira de Santana e contou com a presença do prefeito José Ronaldo
de Carvalho.
As casas terão 44 metros quadrados e
custarão ao governo federal, que as financia, R$ 28.500. O PNHR (Programa
Nacional de Habitação Rural) – também conhecido como Minha Casa Minha Vida Rural
vai beneficiar 286 famílias. O dinheiro vai ser liberado à medida que a obra
avance. Terão um ano para apresentar a obra pronta aos fiscais. Outro ponto
importante é que as unidades poderão ser construídas pelos futuros donos, caso
sejam pedreiros ou trabalhem como ajudantes, pelo sistema de autoconstrução
assistida.
Para o prefeito, o momento das
assinaturas foi de extrema felicidade para todos os presentes. “Muitas destas
famílias dividem uma única casa. São filhos que se casam e não tem condições de
construir suas residências. E outras moram em locais que não oferecem conforto.
Agora elas passarão a ter uma moradia digna. Saliente-se que todas realizarão o
grande sonho da casa própria”.
A Prefeitura assinou a Auto
Declaração de Boa Fé da Área do Poder Público, documento que certifica que o
agricultor mora na região por ele indicada no levantamento feito pela Caixa.
“Todos os cadastramentos passaram pelo crivo da Prefeitura, inclusive com o uso
do georeferenciamento, que mostra a situação atual e vai acompanhar a execução
da obra”, afirmou o secretário de Agricultura, Ozeny Moraes.
De acordo com a presidente da ONG,
Daianny Teles, os contratos serão assinados semanalmente. Ainda disse que
paralelamente as construções, os beneficiados pelo programa participarão de
atividades sócio-culturais, como oficinas e palestras. “Eles pagarão quatro
parcelas anuais de R$ 285, durante quatro anos”. O montante vai ser de R$
4.560. A iniciativa é voltada para os agricultores familiares, quilombolas e
indígenas.
Em Feira de Santana serão
beneficiados moradores dos povoados de São Cristóvão, Lagoa da Pedra, Caatinga,
Alto do Rosário, Terra Dura e Ladeira. Para ser incluído, o agricultor não pode
ter renda anual superior a R$ 15 mil, ser o dono da terra onde a casa vai ser
construída, não pode ter carteira de trabalho assinada – exceto se for como
agricultor e não pode ser servidor público.
A agricultora Valdemira Pereira disse
que a casa representa um sonho há muito acalentado. “Morar com parentes, mesmo
com toda liberdade, não é como morar na casa da gente”. O presidente da
Associação dos Moradores do Alto do Santo, Reinaldo Cedraz, disse que o
programa vai manter o agricultor na terra onde trabalha. “E isto é muito
importante para a gente, que para ter direito a uma casa precisa mudar para a
cidade”.
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