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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Oficina qualifica atores sociais para Rede de Turismo Étnico Afro


"As comunidades tradicionais são capazes de gerar renda e criar novos postos de trabalho, resultando em alternativas de desenvolvimento e de fortalecimento socioeconômico”. A afirmação é de Dandara Lopes, da Coordenação de Políticas para Povos e Comunidades Indígenas, durante a Oficina de Turismo Étnico Afro, realizada na tarde de terça-feira, 7, no auditório do Mercado de Arte Popular (MAP). 
Com o tema “Empreendedorismo Étnico e Étnodesenvolvimento”, o evento promovido pela Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, por meio do Departamento de Turismo, reuniu atores sociais ligados à cultura étnico-afro do município, a exemplo de mestres de capoeira, representantes do candomblé, produtores culturais e artesãos. O objetivo é qualifica-los para a implantação da Rede de Turismo Étnico Afro.
“As comunidades já têm seu produto estabelecido. No entanto, é necessário se qualificar, através das formações, para daí fortalecer a atividade que oferecem e fazer sua autogestão”, acrescentou Dandara. 

Atividade fortalecida
Há quatro anos confeccionando turbantes, Adão Ferreira reconhece o quanto é necessário se preparar para desenvolver sua atividade e, com isso, dar visibilidade ao seu produto. “Isso vai fortalecer o meu trabalho”, entende.
“Sem a visibilidade devida”
A pedagoga e ativista cultural Hely Pedreira (foto) também participou da oficina. Conforme observou “Feira de Santana é dotada de muitos espaços ligados com a cultura afro, e de linguagens artísticas variadas, mas que não têm a visibilidade devida”, avalia.
“A partir da formação da Rede de Turismo Étnico Afro, a nossa cidade vai passar a ser vista não só pelo turista, mas pelo próprio cidadão que mora aqui”, prevê.
Roteiro Turístico
De acordo com a diretora de Turismo, Graça Cordeiro, o objetivo das oficinas é qualificar os diversos atores sociais ligados ao movimento negro.  O foco é implantação do Roteiro de Turismo Étnico Afro, que deverá ser comercializado a partir de janeiro de 2019.
“A proposta é preparar os produtores da cultura de matriz africana do nosso município para que tenham condições de receber o turista, de modo organizado e profissional, nos diversos segmentos, assim como já acontece em Salvador, Cachoeira e São Félix”, afirmou.
Ainda estão previstas mais duas oficinas, além de visitas técnicas aos equipamentos – escolas de dança afro, oficinas de instrumentos de percussão, terreiros, espaços de capoeira e de culinária, além do setor de confecção.


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