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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Um africano, dois brasileiros e um objetivo comum: estimular a cultura

Palestra
 Daniel Pinto é geógrafo, especialista em antropologia e turismo, e já viajou por 23 países ao redor do mundo; Mangole Filipe veio de Moçambique para Feira de Santana há 5 anos para cursar pedagogia após conseguir uma bolsa e é professor de cultura afro na comunidade quilombola Lagoa Grande; e seu Raimundo Santos é uma enciclopédia viva. Três homens diferentes, mas que têm duas coisas nitidamente em comum: uma delas é a paixão pelo turismo. Para seu Raimundo, “o turismo é o olhar. Você olhar fixamente pra aquele lugar e dizer: ‘um dia eu volto aqui’.”

Filosofia que também guia a vida de Daniel há muito tempo. Ele afirma já ter se deparado inúmeras vezes, e até reproduzido tal comportamento, com pessoas que se esforçam para enxergar Feira como um lugar sem atrativos. “Há uns ano atrás, eu fiquei à frente da organização de um evento. Um encontro de estudantes baianos realizado na UEFS. Mas a programação não contemplava todos os horários dos dias e me perguntavam o que eu ia fazer com as pessoas nesses intervalos. Eu saí com eles por Feira. Levei pra Museu, trouxe no MAP e, independente do país que você esteja, à noite é bar. Algumas pessoas mostram resistência em garantir a Feira esta imagem de lugar atrativo, por influência do olhar dos outros. Você tem que olhar pros lugares a partir da sua perspectiva.”
Mangole consegue enxergar em Feira a cultura, a dança, a hospitalidade e a alegria de sua terra natal e é isso um dos aspectos que o acolhem na Princesa do Sertão. A segunda coisa que eles têm em comum é que, apesar de toda essa bagagem turística que eles carregam, todos compareceram ao Curso de Noções Conceituais no Turismo realizado na tarde desta terça-feira, 31, no Mercado de Arte Popular, ministrado pela Técnica de Nível Superior da Setur, Carine Campos, que tratou de temas gerais do aspecto turístico desde definições de termos, como ecoturismo, Trade Turístico, a requisitos burocráticos da área, como passaporte, visto e troca da moeda de um país pela de outro, processo denominado como “câmbio”.
 
Para Graça Cordeiro, diretora do Departamento Turístico da Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, este é um processo que lida com os aspectos iniciais da área, mas funciona como uma graduação. Vai se especializar. “Eles devem aprender essas nomenclaturas gerais por que, apesar de serem o segmento específico afro, eles devem dominar uma linguagem que é padronizada entre os turistas. Isso vai impactar na qualidade do serviço prestado por eles.” Esta foi mais uma etapa do Seminário Tecendo a Rede do Turismo Étnico-Afro, que deve se estender em mais três até o ano que vem.

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