Solenidade
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A galeria e o plenário da Câmara Municipal ficaram lotados na noite da sexta-feira (19), na sessão solene em comemoração ao Dia Municipal da Beleza Negra e ao Dia do Sacerdote e Sacerdotisa da Religião Matriz Africana.
O evento foi conduzido pelo vereador Welligton Andrade, que compôs a mesa juntamente com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jailton Batista; a presidente do Núcleo Odungê, Maria de Lourdes Souza Santana; além dos palestrantes da sessão solene, o assistente social Marcos Moreira e Jailson dos Santos Conceição.
Também prestigiaram a solenidade os vereadores Correia Zezito e Tonhe Branco; profissionais de imprensa, representantes do movimento negro e pessoas da comunidade.
Abordando o tema “Brasil da abolição e da contemporaneidade”, o palestrante Marcos Moreira de Jesus fez um breve relato da história do negro, enfatizando o sofrimento deste e a ação de algumas pessoas para libertá-lo, a exemplo de Castro Alves, que lutou para que os negros não mais tivessem as mãos acorrentadas. “Os negros foram libertados das correntes físicas, mas das correntes psicológicas e ideológicas até hoje eles estão acorrentados”, afirmou.
Marcos falou ainda sobre a ausência de tolerância religiosa na sociedade. “Seria muito bonito que cada um de nós abrisse mão de uma coisa desumana chamada intolerância de fé. Não sou obrigado a crê em Deus do modo que o outro crê nele. Quem quiser que adote o Deus de sua personalidade”, disse.
Na sequência, o palestrante Jailson dos Santos Conceição explanou sobre o o tema “Os valores do sacerdócio da religião de matrizes africanas”. Ele explicou que "a palavra sacerdócio vem do latim sacer, que significa 'sagrado' e dotis, que significa 'dom'. Ou seja, significa dom sagrado".
Segundo Jailson, não cabe a qualquer pessoa ser um sacerdote. “Os sacerdotes são escolhidos pelos orixás, caboclos ou divindades, e faz-se necessária uma preparação intensa para assumir a liderança. É preciso muito estudo e dedicação”, informou.
O palestrante acrescentou que os sacerdotes e sacerdotisas de Feira de Santana pensam em criar projetos que os aproximem da sociedade, para que as pessoas possam se informar sobre a cultura de matriz africana, “conhecer e respeitar a sabedoria que vem da ancestralidade”, ressaltou.
Durante a solenidade foram homenageados pela Câmara Municipal Maria das Graças Ferreira Santos, coordenadora regional da Federação Nacional do Culto Afro-brasileiro; Jailton Batista de Jesus; Luize Nunes Arapiraca; Mariene Pereira de Jesus; Hely dos Santos Pedreira; Jorge Ribeiro da Silva; Geovanny Ferreira da Silva; Poliana Nascimento; Anísia Maria da Silva; Luiz Antônio de Souza; Josué Silva Pereira; Jorge Luiz Bastos Magalhães; Luiz Vitoriano Tito Pereira; Galdino Oliveira Souza.
Também receberam homenagens da Casa da Cidadania Maria Cristina Silva Pinto; Vilma Moreira Soares Gonçalves; Gilcema Moreira Trindade; Vicen Ferreres Oliveira de Souza; Maria Penha Lima Silva; Marcos Antonio do Monte; Maria Cristina de Jesus Trindade; Alex Matos de Araújo; Mônica Batista de Jesus; José Raimundo da Paixão; Roberto Sena Trindade; Sheila Klicia da Conceição; Aristides Maltez Junior; Maria Vasconcelos de Araújo; Rosa Maria Carvalho dos Santos; Luiz Carlos de Lima; Wellington Araújo Oliveira; Rosilene Conceição de Jesus e Antônio Cesar Cerqueira.
A sessão solene foi encerrada com a apresentação do cantor e compositor Gilsan e da cantora Marriete, que tocaram e cantaram o hino da África do Sul e a música “Cobra Coral”, do Afoxé Pomba de Malê. Na área da frente da Câmara, se apresentou um grupo percussivo do projeto “Sai da rua menino”.
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