Unidade de saúde
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De janeiro até meados de setembro deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou 396 pessoas que deram entrada nas unidades de saúde de Feira de Santana vítimas da violência doméstica. Foram de ambos os sexos e em diferentes faixas etárias – crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Apresentaram sinais de violência física (265 mulheres e 87 homens), psicológica (128 mulheres e quatro homens), sexual (53 mulheres e três homens) e tortura (22 mulheres e um homem). Outras foram relacionadas às questões financeira/econômica (oito mulheres e nenhum homem) e negligência/abandono (duas mulheres e nenhum homem).
O mesmo paciente pode ser enquadrado em mais de um tipo. Os dados epidemiológicos estão armazenados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) da SMS, uma vez que, a violência doméstica é considerada um agravo pelo Ministério da Saúde.
A técnica do Sinan, Waldenize Lima, observa que a maioria das ocorrências prevalece em pessoas do sexo feminino, sobretudo, entre os 20 a 39 anos de idade, com 161 casos. Nos homens com faixa etária entre os dez a 19 anos foram registrados o maior número de notificações, sendo 65 casos.
Ainda conforme os dados apresentados, 257 pacientes deram entrada no Hospital Geral Clériston Andrade, 95 foram atendidos em um dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e dez no Programa Municipal de Prevenção a DST/HIV/aids. As policlínicas do Tomba, Rua Nova, Parque Ipê, Feira X e George Américo também receberam pessoas com relatos de violência.
Todas elas receberam o atendimento clínico e, conforme a situação de cada uma foi encaminhada para o Ministério Público, Centro de Referência Municipal Maria Quitéria (CRMQ), Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Creas, IML (Instituto Médico Legal), Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude, Delegacia da Mulher, Casa Abrigo e Programa Sentinela.
“O profissional de saúde ao realizar o atendimento no paciente, independente da queixa apresentada, deve ficar atento também se o mesmo apresenta algum sinal de agressão física ou psicológica”, afirma a enfermeira referência da Viep (Divisão de Vigilância Epidemiológica), Tayane Macêdo. São eles que farão os encaminhamentos necessários.
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