Encerrando as comemorações pelo Novembro Negro, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso), através da Divisão de Promoção da Igualdade Racial, promoveu um seminário sobre “Não à violência e contra mortes de jovens negros”. O evento reuniu dezenas de pessoas representantes de diversos segmentos, na tarde desta quarta-feira, 28, na Casa da Paz, na avenida Getúlio Vargas, cruzamento com a rua Castro Alves.
O sacerdote de matrizes africanas Aristides Maltez Lopes Júnior, também conhecido como Tata Ndembuka, proferiu a palestra, dando testemunho do apoio que os negros, candomblecistas, vêm tendo de todos os conselhos municipais de direitos instalados em Feira de Santana. Entretanto, lamenta que o candomblé ainda não tenha vez.
Cultura negra ainda sofre discriminação e preconceito
Para Tata Ndembuka (foto), a cultura negra sofre discriminação e preconceito. “Sofremos como sovaco de aleijado”, comparou ao lembrar de um velho dito popular em alusão a tipo de muleta antiga que prendia debaixo do braço e provocava calo no sovaco do usuário.
Apresentando estatísticas que indicam a morte de 1,3 pessoas em média por dia em Feira de Santana, o secretário de Desenvolvimento Social (Sedeso), Ildes Ferreira, ressaltou o empenho do Governo Municipal e de instituições e entidades discutindo nos meses de outubro e novembro sobre as questões raciais para promover o enfrentamento às discriminações. “A gente não pode permitir que em pleno século XXI se conviva com discriminação racial”, frisou.
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