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sábado, 18 de janeiro de 2020

Com BNCC, faltam livros e sobram listas, diz coordenador da Feira do Livro


As mudanças trazidas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), nos livros adotados pelas escolas, por ser iniciativa considerada recente, mesmo que obrigatória, está refletindo negativamente nas vendas na Feira do Livro Usado, que acontece anualmente em Feira de Santana desde 2007.
Este ano, diz o coordenador da feira, Glauber Lira, será relativamente bom para as livrarias – em termos de vendas, e não muito para os pais, principalmente aqueles que têm filhos no ensino fundamental – a obrigatoriedade para o ensino médio será a partir de 2020.
A BNCC inova ao estabelecer dez competências gerais para nortear as áreas de conhecimento e seus componentes curriculares. Segundo o documento, o desenvolvimento dessas competências é essencial para assegurar os direitos de aprendizagem de todos os estudantes, da zona urbana e da zona rural.
O coordenador afirma que não faltam listas. “O que está faltando é livro”. Algumas escolas adotaram o modelo há alguns anos. “Por isso, temos alguns volumes nas bancas”. E não são muitos. Nas listas, o “BNCC” segue ao título – para que não se tenha dúvidas.
Ele argumenta que como a procura está maior do que a oferta, é comum que as poucas unidades à venda sejam mais valorizadas. “Mesmo assim a economia é grande, com diferença de preços até de 50%, com relação ao que está sendo cobrado nas livrarias”.
Para Glauber Lira, a partir do próximo ano a quantidade de livros com o selo BNCC vai aumentar nas bancas, a relação de consumo nestas séries tenderão a encontrar o ponto de equilíbrio nesta relação. “Em 2020 será o ano dos pais de estudantes do ensino médio procurarem as livrarias”.
A feira acontece de segunda-feira a sábado. Neste ano será encerrada na sexta-feira de Carnaval.

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