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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Festival Samba de Roda, Samba de Todos superou expectativas

O samba de roda esteve na pauta de estudantes e professores da rede municipal de ensino, bem como de estudiosos da cultura popular e, é claro, de sambadores e sambadeiras de Feira de Santana e região. O Festival Samba de Roda, Samba de Todos superou as expectativas dos organizadores, ao mostrar, na prática, a importância do ritmo que deixou de ser apenas expressão musical para se tornar identidade cultural e acabou sendo reconhecido como patrimônio da comunidade.

Pelo menos essa é a avaliação do secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Jailton Batista, que considerou a participação das escolas o ponto alto do projeto, que envolveu representações das zonas urbana e rural e possibilitou a integração entre estudiosos acadêmicos e as comunidades. “A resposta foi muito positiva, tanto nas escolas como na rua”, contabiliza o secretário, destacando a importância da discussão teórica para preservação da manifestação.

A programação do festival incluiu, além das apresentações nas escolas – cinco, ao todo – e as grandes rodas realizadas na praça José Falcão, no bairro Cidade Nova, um seminário em que se discutiu a evolução, as classificações, o reconhecimento como patrimônio imaterial da humanidade e, principalmente, as propostas institucionais para salvaguardar o samba de roda. Tudo isso com a participação efetiva de sambadores de Feira e dos municípios que integram o Portal do Sertão.

Para a diretora de Atividades Culturais da Fundação Cultural Egberto Costa, Aloma Galeano, a integração entre os diversos grupos de samba que existem na cidade e nos municípios do Portal do Sertão e a valorização e o conhecimento da diversidade musical dos mesmos foram os principais aspectos do festival, aliado à participação popular. “O samba tem essa capacidade”, afirma a diretora, ao registrar o saldo “muito positivo” de todas as etapas do evento.


O presidente da Associação de Sambadores e Sambadeiras da Bahia (ASSEBA), Galdino de Oliveira Souza (Guda da Quixabeira da Matinha), também faz avaliação positiva do evento e ressalta a integração com a educação. “O ensinamento e o contato direto com os alunos foi fundamental, porque as crianças são o futuro da cultura popular”, destaca. Integrante de uma família de sambadores, Guda acredita que essa é a forma de salvaguardar, de fato, o samba de roda em toda a sua essência.

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