Queimaduras pelo corpo, machucados no rosto e dores na região do abdomen. Lesões físicas ou queixas de cunho psicológico, como baixa estima, choro sem motivo, inseguranças, pesadelos e uso de drogas podem indicar uma possível situação de violência doméstica entre as mulheres.
Saber identificar, acompanhar e adotar a conduta correta são atitudes que os profissionais de saúde devem adotar quando aquela paciente der entrada numa unidade de saúde. A Atenção Básica é a principal porta de entrada.
Nesse sentido, o Centro de Referência Municipal Maria Quitéria (CRMQ) realiza nesta terça-feira, 17, o Seminário Violência Contra a Mulher: Dialogando com a Atenção Básica para capacitar enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) e Unidade Básica de Saúde (UBS). Posteriormente, eles serão multiplicadores das informações, inclusive para os agentes de saúde.
“Essa capacitação é para que o profissional de saúde durante o atendimento saiba reconhecer nas mulheres sinais que indiquem uma situação de violência, pois elas geralmente não revelam por medo ou vergonha”, afirmou coordenadora do CRMQ, Maria Luiza Coelho. A partir daí, deve-se conduzir as órgãos de proteção e assistência à mulher.
De acordo com ela, os profissionais de saúde devem notificar todos os casos e encaminhar as informações para Secretaria Municipal de Saúde, através do preenchimento de uma ficha. Esses dados vão alimentar o Sinan (Sistema de Notificação de Agravos).
“As subnotificações mascaram os dados e eles são importantes para que possamos fazer ações específicas em determinados locais”, explica. Neste ano, foram notificados pelo Sinan 473 casos de mulheres vítimas da violência – além da doméstica, ela pode ser de gênero, física, sexual, patrimonial e institucional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário