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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cai em 13,5% o índice de partos cesarianos no Hospital da Mulher

Hospital da Mulher
 Em três anos, o índice de partos cesariano no Hospital da Mulher caiu 13,5% e os normais cresceram 16,5%. Em 2012, nasceram 4.409 crianças na unidade hospitalar. Destas, 44% chegaram ao mundo naturalmente. Até setembro deste ano, foram registrados 4.393 nascimentos na instituição, com 51% dos partos normais.

A diretora do Hospital da Mulher, Charline Portugal, disse que os números são resultados de um trabalho de conscientização que vem sendo feito à medida que as mulheres dão entrada no hospital. “Mostramos para elas que a cesariana é uma indicação médica e que o normal é o parto indicado”. A segunda opção é indicada apenas nos casos de impossibilidade de se ter normal. Quando a mãe o bebê correm algum risco.
 
De acordo com ela, a meta é continuar baixando a quantidade de cesarianas no Hospital da Mulher, mostrando as mulheres as vantagens do parto normal, principalmente no tocante à sua recuperação pós-parto, bem como a diminuição de problemas de saúde para o bebê. “Estudos da Organização Mundial da Saúde mostram que o parto cesáreo aumenta em 120 vezes a possibilidade de que o recém-nascido apresente problemas respiratórios e triplica a de morte da mulher”, afirmou Charline Portugal.
 
Para a OMS, apenas 15% dos partos deveriam ser cesarianos. Mas o Brasil é campeão mundial desta modalidade. Em média, 52% das brasileiras optam pelo procedimento cirúrgico – o Hospital da Mulher já registra média abaixo da nacional. Se levar em contas as cirurgias que são feitas na rede particular, a quantidade sobe para 88% dos nascimentos. “A conscientização é o medicamento que a gente vai usar contra esta epidemia”, diz a diretora.
 
As vantagens do parto normal devem ser mostradas já a partir da primeira consulta do pré-natal, que são feitas nas unidades de saúde. A diretora disse saber que toda mudança de comportamento é lenta, mas que deve ser iniciada. O contato com as equipes que fazem o pré-natal é maior. “As mulheres argumentam que não querem sentir dor ao parir. É um medo que não deve existir”. Os profissionais devem estimular este tipo de parto.

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