O comando de greve dos professores da Uefs ocupou, nesta manhã (16/05), o Gabinete da Reitoria da instituição. A ação é um protesto contra a decisão autoritária do governo Rui Costa em não nomear Evandro do Nascimento e Amali Mussi, eleitos com o maior número de votos pela comunidade acadêmica, para os cargos de reitor e vice-reitora, respectivamente, da instituição. Durante todo o dia, o movimento docente utilizará o local para a reunião de discussão e encaminhamento das atividades grevistas, que tradicionalmente acontece na sede da Associação dos Docentes da universidade (Adufs).
A posse de Evandro do Nascimento e Amali Mussi estava marcada para esta quinta-feira (16). No entanto, a cerimônia não ocorreu porque a nomeação dos professores não foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), o que deveria ocorrer até esta quinta (16). A partir de hoje (16), a Uefs está sem reitor e sem vice-reitora.
Autoritarismo do governo
Há pelo menos 16 anos, o Conselho Superior da universidade (Consu) tem a decisão política de enviar ao governo estadual, após o processo eleitoral para a escolha do reitor e do vice, documento informando os nomes dos dois candidatos, um ao cargo de reitor e, o outro, ao cargo de vice, mais votados, para posterior nomeação.
No entanto, este ano, estranhamente diante da greve dos professores das universidades estaduais baianas e de diversas declarações públicas da comunidade acadêmica que comparam as práticas políticas do governo Rui Costa às ações do governo Jair Bolsonaro, o governo estadual não nomeou Evandro do Nascimento e Amali Mussi.
Ao invés de concretizar a escolha da comunidade acadêmica da Uefs, o governo Rui Costa preferiu desrespeitar uma decisão democrática e, autoritariamente, exigir a lista tríplice. A lista tríplice contém os nomes dos três candidatos mais votados para cada cargo e está prevista no Estatuto do Magistério Superior.
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