Cirurgia |
Pacientes com Câncer Gástrico Precoce, ou seja, lesão em estágio inicial, possuem um novo tratamento no combate à doença. O Centro de Hemorragia Digestiva do Interior da Bahia (CHDI) do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) realizou um procedimento inédito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no interior da Bahia. Trata-se de uma Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD). O paciente, uma mulher, idosa, de 88 anos, com risco cirúrgico aumentado, possuía uma lesão maligna intramucosa (enfermidade restrita a camada mais interna).
De acordo com Dr. Victor Galvão, médico endoscopista, coordenador do CHDI este foi o segundo caso de Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD) em Feira de Santana. O primeiro foi tratado em um hospital particular de Feira de Santana. Pelo SUS é o primeiro caso no interior da Bahia.
“O procedimento foi realizado no Hospital Clériston Andrade, com todos os cuidados necessários. Para este tipo de cirurgia minimamente invasiva, o paciente precisa ser entubado e a anestesia é geral. Com o tubo endoscópico a equipe consegue localizar o câncer gástrico precoce e retirar lesão. Dra. Raquel Lins, médica endoscopista, comandou a equipe e na opinião do médico Victor Galvão ela “brilhou” neste procedimento. “A paciente de 88 anos, obesa, diabética, com risco cirúrgico bastante aumentado e que graças ao empenho de toda a equipe a lesão foi retirada por completo. Ela já recebeu alta, está muito bem”, comemorou Dr. Victor Galvão, acrescentando que o grande diferencial é que a ablação de toda mucosa e submucosa foi feita objetivando a cura.
Menos invasiva e com recuperação rápida
A técnica de dissecção endoscópica da submucosa, também conhecida como ESD (Endoscopic Submucosal Dissection), foi introduzida e se tornou a técnica de escolha para a remoção de alguns tipos de tumores do esôfago, estômago e intestino, conhecidos como neoplasias precoces, sejam elas benignas ou malignas na superfície. Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD) Cirurgia Endoscópica é uma opção menos invasiva e com menor incidência de eventos adversos. As lesões menores podem ser feita ambulatoriamente e o paciente tem alta no mesmo dia.
Essa técnica cirúrgica minimamente invasiva apresenta, como diferencial em relação à mucosectomia convencional, a possibilidade de ressecar lesões de maiores tamanhos em um fragmento único. Nesta técnica, um pequeno bisturi ou faca é introduzido no aparelho de colonoscopia e pequenos cortes soltam a lesão da parede intestinal normal. Este tipo de procedimento requer maior experiência por ser mais delicado e demorado que a mucosectomia.
Fonte: ASCOM | HGCA
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