A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) registrou a segunda morte por
Febre Oropouche no estado, nesta segunda-feira (22/07). A paciente era uma
mulher, de 21 anos, moradora de Camamu,
cidade que fica a 196 km de Salvador.
A morte aconteceu em maio deste ano, mas só foi divulgada nesta
segunda-feira porque, assim como no primeiro caso, diversos exames precisaram
ser feitos para que a causa do óbito fosse confirmada.
A Sesab informou que a paciente foi internada com febre alta, dor de
cabeça, náuseas, vômito, diarreia, dores em membros inferiores, dor
retroorbital, dores musculares, além de fraqueza, falta de energia e cansaço.
Os sintomas evoluíram com sinais mais graves, como sangramentos nasal,
gengival e vaginal, hipotensão, queda brusca de hemoglobina e plaquetas até o
óbito.
O primeiro caso
A primeira morte por Febre Oropouche no
estado foi registrada, no dia 17 de junho, pela Secretaria da Saúde da Bahia
(Sesab). A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença, cidade que fica a 123 km de Salvador. A morte
aconteceu em março deste ano e foi divulgada em junho.
"São dois casos de pessoas jovens, saudáveis, sem comorbidades.
Isso foi o que nos chamou ainda mais atenção", afirmou o infectologista
Antônio Bandeira, que faz parte da vigilância estadual.
Ainda
segundo o médico, até o momento não havia nenhum relato de morte por Oropouche
na literatura. Os primeiros casos da doença na
Bahia foram registrados neste ano.
De acordo com a Sesab, o estado enfrenta um surto da
doença. Desde março já foram confirmados 835 casos, em 59 cidades. As
primeiras ocorrências foram em Valença, onde o primeiro óbito foi registrado, e
em uma cidade vizinha, Laje.
Até a última atualização da Sesab, a cidade de Ilhéus,
no sul do estado, liderava a lista de registros, com 110 casos. Gandu,
a 158 km de Ilhéus, aparecia com 82 registros positivos, seguida de Uruçuca,
também no sul da Bahia, com 68.
🦟 A Febre do Oropouche é uma doença viral
transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou
mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre
pessoas.
📚 O arbovírus foi isolado pela primeira vez no
Brasil em 1960, na amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a
construção da rodovia Belém - Brasília. Desde então, casos isolados e surtos
foram registrados no país.
🌡️ Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores
musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a
chikungunya.
💊 Não existe tratamento específico para a Febre do
Oropouche. Ele é focado no alívio dos sintomas.
🔎 Com o aumento no número de casos, a
Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação
epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.
Informações do G1 Bahia
Foto: Ascom/Sesab
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