Apenas 30% dos permissionários do MAP (Mercado de Arte Popular) terão
direito a escolher os boxes no galpão da rua Olímpio Vital, onde o MAP vai
funcionar enquanto o prédio estiver em reforma. Motivo: os 70% restantes
não estão em dia com o pagamento das taxas. A previsão da data da transferência
é o início de dezembro e os números se referem à situação atual – que pode
mudar.
O critério foi definido pela Secretaria de Trabalho, Turismo e
Desenvolvimento Econômico e visa recompensar comerciantes e artesãos que
cumprem rigorosamente o pagamento referente à ocupação do solo. Os valores
mensais são de R$ 60 para boxe padrão – que medem 2,5 x 2,20 metros –
e de R$ 100 a R$ 180 para restaurantes e lanchonetes.
O presidente da Associação dos Comerciantes do MAP, Nelson Dias,
diz que a inadimplência é um problema antigo. “Alguns deles atualizaram o
pagamento da taxa, mas depois pararam por considerar que não é obrigação”.
Ele recorda que já houve mês que o total pago pelos
permissionários mal deu para cobrir os salários dos vigilantes. “Desconheço o
comércio ou instituição que siga em frente sem ter uma arrecadação”, disse. Os
gastos mensais chegam a aproximadamente R$ 14 mil, enquanto a verba proveniente
da ocupação do uso solo não passa de R$ 4 mil.
Com isso, as despesas com a limpeza, manutenção e segurança acabam
sendo assumidas pela associação e Prefeitura, que se responsabiliza pela conta
de energia. “O que nos ajuda também são as moedinhas que as pessoas pagam para
usar o banheiro”. É cobrado R$ 0,60, por usuário – idosos, gestantes,
deficientes físicos, clientes, além de trabalhadores do MAP não pagam.
O presidente da associação acredita que, após a reforma do MAP, os
comerciantes vão mudar de atitude. “Aqui é um local nobre, privilegiado. Muitos
gostariam de ter a oportunidade de trabalhar aqui e quem estar não valoriza”,
considera. (Renata Leite)
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