Foi
lançada na noite desta quarta-feira (05/03), durante a Missa de Cinzas,
celebrada pelo arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Itamar Vian, na
Catedral de Sant’Ana, a Campanha da Fraternidade 2014, com o tema ‘Tráfico
humano’. Nesta data também é comemorada a Quarta-Feira de Cinzas, em todo o
Brasil, que é celebrada todos os anos sempre após o feriado de Carnaval.
Durante a
celebração, Dom Itamar ressaltou a importância da participação dos pais na
campanha. “Os pais são muito importantes nesta campanha, pois muitas famílias
sofreram e estão sofrendo com o tráfico de pessoas. Foram filhos, filhas e até
esposas usadas nesse comercio ilegal, daí a importância de alertarmos os nossos
familiares e também a todos que estão ao
nosso redor”, observou.
Dom
Itamar avaliou, que o tema desta “É um tema que envolve a vida e a dignidade do
ser humano, que abrange muitos aspectos, por exemplo, a exploração no trabalho,
chamado trabalho escravo. O segundo aspecto é a exploração sexual, a
prostituição, a pornografia, principalmente na internet. O terceiro tema dessa
campanha será a extração de órgãos, outro crime que vai ser muito debatido é o
tráfico de crianças e adolescentes: somente nos últimos anos mais de 20 mil
foram enviados ao exterior sob o pretexto de adoção”, afirmou.
Quanto ao
tráfico de mulheres, o arcebispo não possui dados sobre a realidade de Feira de
Santana, mas acredita que deve existir, pois, segundo ele, atualmente no Brasil
existem mais de 109 rotas, de acordo com dados da Conferência Nacional dos
Bispos, para transportar essas pessoas para países como Espanha, Portugal,
Paraguai, Suíça.
Tradicionalmente,
a Conferência Nacional dos Bispos sempre desenvolve uma campanha, durante o
período da Quaresma e sempre com temas desafiadores para todo o território
nacional. Segundo Dom Itamar, nos últimos anos foram tratados temas
relacionados à saúde, educação, das crianças, da juventude, da pessoa idosa, da
família, das drogas, dentre outros assuntos.
Sobre
a tradição de imposição das cinzas, Dom Itamar explicou que elas representam a
brevidade da vida. “Nosso corpo dia mais, dia menos voltará ao pó. O próprio
Deus disse: ‘Tu és pó e ao pós hás de tornar’. Portanto esse é o grande sentido
da imposição das cinzas, pensarmos na brevidade das nossas vidas e aplicarmos o
tempo que Deus nos dá para fazermos sempre o bem”.
Informações e fotos do CORREIO FEIRENSE
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