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Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta terça-feira (15/,3) pelo Movimento Juntos Somos + Fortes (MJSMF), os Policiais Civis da Bahia deliberaram o estado de greve da categoria.
O ato, que aconteceu em frente a Secretaria de Segurança Pública, na Piedade, reuniu aproximadamente 700 servidores, e foi uma resposta ao Governo da Bahia por descumprir a Decisão Judicial, determinando que o Estado se reunisse a cada 30 dias com os Policiais Civis para ouvir as reivindicações e apresentar propostas, pondo fim no impasse que tange ao salário de nível superior dos servidores.
“O clima entre os colegas Policiais Civis é de muita revolta, até porque Decisão Judicial se cumpre e o governo não tem obedecido à Justiça. Isso é muito grave! Quando nós do SINDPOC fazemos algum ato, obedecemos às determinações judiciais. Sabemos que a greve é uma medida extrema, mas pelo contexto se faz necessária, uma vez que os servidores estão indignados com a falta de sensibilidade por parte do Governador. O desejo sempre foi chegarmos a uma solução sem a necessidade de uma greve, mas o governo não demonstra interesse numa resolução que não penalize a população”, pontuou Eustácio Lopes, presidente do SINDPOC.
O líder sindical classifica como uma “manobra” por parte do Estado não negociar com a categoria, visto que a lei estabelece como data limite 30 de março para o governo negociar reajustes e afins, passando desta data caberá à nova gestão estadual assumir a demanda.
Deliberações
Os Policiais Civis presentes no ato votaram o seguinte cronograma:
Sexta-feira: 18/03 - Os policiais irão entregar as chaves das custódias de presos da delegacias do Estado da Bahia, o mesmo ocorrerá com todas viaturas sem condições de uso.
Segunda-feira: 21/03 – Entrega de coletes sem condições de uso e as pistolas Taurus 24/7.
Sexta-feira: 25 a 27/03 – Entrega das chefias, extras e Greve geral dos Policiais Civis da Bahia, onde não ocorrerá nenhum tipo de serviço.
Além dessas deliberações também foram aprovadas a realização das blitz nas delegacias e a realização de quatro carreatas em Salvador, com data a ser definida.
“A conta dessa greve cairá sobre o governador Rui Costa, ele terá que dizer para os baianos porque não dialogou com o policiais civis. É lamentável ver a postura tão intransigente de um gestor público, até decisão judicial o governo descumpriu, isso gerou muita revolta na categoria”, frisou Eustácio Lopes, presidente do SINDPOC.
Ele ainda explica que entre os 9 estados do nordeste, a Bahia é aquele que paga o pior salário, enquanto no ranking nacional, o estado ocupa a 24ª posição. “A situação do Policial Civil da Bahia não é nada confortável, passamos vergonha o tempo todo, não temos estrutura de trabalho, ganhamos salários baixíssimos, ficamos para trás dos outros estados do nordeste e do país. Por fim, o governo oferece um reajuste de 4% é inadmissível, preciso é que o governo retome o diálogo sobre salário de nível superior, cumprindo a lei e devolvendo dignidade para a categoria ou então é greve”, finalizou.
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