O resultado dos primeiros estudos sobre Chikungunya realizado, em Feira de Santana, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (ISC) foi apresentado na tarde desta segunda-feira, 12. A pesquisa entrevistou 1.820 pessoas do conjunto George Américo, local onde apresentou maior número de casos no início da epidemia, em 2015, com 57% da população infectada pelo vírus.
Dos entrevistados, 67,1% continuam apresentando sinais e sintomas de artrite (inflamação nas articulações) após um ano do diagnóstico de Chikungunya. Mais de 40% dos infectados estão na forma crônica da doença.
"Esses pacientes recebem acompanhamento e tratamento necessários com infectologista, fisioterapeuta e, acupuntura – que também é oferecido pela SMS", informa Neuza Santos, enfermeira referência do grupo técnico das arboviroses.
A coordenadora do ISC, Glória Teixeira ressalta que “os locais afetados pela chikungunya tendem a desenvolver uma carga de outras doenças na comunidade. Nosso objetivo foi analisar a carga desse surto no município e a proporção de pessoas que foram expostas ao vírus".
Medidas de controle
A SMS está atuando junto ao ISC em uma nova pesquisa, onde estão sendo estudados três vetores de doenças causadas pelo aedes aegypti, que são a dengue, zika e chikungunya. O levantamento está sendo feito em 30 áreas.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Francisca Lúcia Oliveira, alerta que "para o controle do vetor é necessário a parceria da população, combatendo os focos do mosquito". Medidas preventivas podem ser adotadas para evitar criadouros, como não deixar água parada dentro das casas, e o descarte correto de lixos e entulhos.
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