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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Feira de Santana recebe premiação nacional por trabalho desenvolvido para famílias de crianças com a síndrome zika congênita

Premiação
 O projeto feirense de assistência a famílias de crianças com a síndrome zika congênita, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Feira de Santana, ficou em terceiro lugar na 16ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). A colocação resultou em uma premiação de R$ 20 mil, valor que será empregado na qualificação e melhoria deste serviço de saúde.

Representando a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, a enfermeira sanitarista, Maricélia Maia, apresentou palestra com o tema: “Projeto aconchego: desafios e conquistas na busca do acesso e do direito à saúde de crianças com síndrome da zika congênita em um município na Bahia”, onde elencou as principais estratégias e iniciativas desenvolvidas na área.
 
A premiação e reconhecimento, na avaliação da secretária de saúde Denise Lima Mascarenhas, é resultado do trabalho em equipe. “Não trabalhamos em busca de reconhecimento, a premiação é o resultado do esforço de todos que tem buscado o acesso e direito aos serviços de saúde para essas famílias, uma conquista que nos estimula e traz felicidade”, ressalta.
O projeto oferece suporte a famílias e crianças com a síndrome zika congênita, onde recebem acompanhamento do município desde a descoberta da doença. A Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica tem dado o acolhimento inicial a essas mães desde a gestação, a partir de notificações, até o atual desenvolvimento dessas crianças.
 
De acordo com Maricélia Maia, a iniciativa surgiu em 2015 a partir do pedido de ajuda em um aplicativo de mensagens, vindo de uma mãe quando o filho se engasgou com o leite.
 
“Tentamos ajudar ela prestando orientações por celular e conseguimos, a criança ficou bem, mas essa situação nos fez perceber que era preciso oferecer orientações educativas, foi quando surgiu o projeto aconchego”, explica.
 
Atualmente em Feira de Santana 31 famílias de crianças com a síndrome zika congênita são acompanhadas no Ambulatório Municipal de Infectologia, localizado na rua Barão do Rio Branco, 1054, Centro.
 
Todo acolhimento e acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, composta por infectopediatra, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, nutricionista e enfermeiras, realização de exames com técnicos de laboratório e bioquímicos tem sido ofertados. Recentemente o serviço de fonoaudiologia foi implantado no local, o que pode proporcionar melhorias no desenvolvimento da fala dessas crianças.
“Hoje conseguimos oferecer uma assistência de qualidade além de outras atividades que são garantia dos direitos, como transporte para atendimento de alta complexidade fora do município. O objetivo é ampliar cada vez mais o serviço, garantindo os direitos sociais e de saúde”, evidenciou a secretária de saúde.
 
O prefeito Colbert Martins Filho, médico por formação, observa que ainda há muito a ser feito e tem articulado propostas entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Saúde para garantir o acesso a uma educação inclusiva na rede municipal de ensino para este público.
O projeto aconchego conta com apoio da Secretaria Municipal de Educação, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Ministério Público, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Hospital de Olhos de Feira de Santana (CLIHON).

Sobre a Expoepi
A Expoepi é reconhecida como um dos mais importantes eventos de vigilância em saúde do Brasil, promovido a cada dois anos pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
 
Este ano foi realizado entre os dias 04 a 06 de dezembro em Brasília/DF. Os participantes inscritos tiveram que apresentar experiências bem-sucedidas que contribuíram para a melhoria da assistência prestada à população nos últimos dois anos. Os trabalhos foram relacionados à Vigilância em Saúde.
 
A apresentação do projeto aconchego foi de autoria de Maricélia Maia, apresentadora do trabalho para o público presente no evento; Tamires Moreira; Ana Luiz Andrada; Nelma Lucia Alves; Normeide Pedreira; Neuza de Jesus; Eloisa Bahia; Denise Lima Mascarenhas; Geisiane Cerqueira; Jamilly de Carvalho; Francisca Lucia de Oliveira; Alessandra Divino; Diana Damilles; Stephane Fraga e Luiz Carlos Alcântara.
 
Premiações
Em julho de 2017 o projeto aconchego foi premiado em Brasília, durante o 33º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Em 2018 recebeu o prêmio Irmã Dulce, concedido pelo Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS/BA).

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