Criado para oferecer lazer aos feirenses e atrair visitantes à cidade, o Natal Encantado inicia a sua segunda parte, na próxima segunda-feira e prossegue até a sexta-feira, que são os shows musicais com grandes nomes da música nacional e regional, na praça Padre Ovídio.
O evento, que é realizado pelo Governo do prefeito Colbert Martins Filho, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, foi iniciado no dia 6, na avenida Getúlio Vargas, onde funcionou o Espaço Marcus Morais – será encerrado no próximo domingo.
A cantora paraense Fafá de Belém será uma das atrações da primeira noite na praça Padre Ovídio. A Orquestra Afrosinfônica, de Salvador, também vai se apresentar na noite se segunda-feira, 16.
Fafá de Belém é a mais conhecidas das intérpretes da música do norte do país. Há quase meio século despontou para o país, com a música “Filho da Bahia”, de Walter Queiroz, da trilha sonora da novela “Gabriela”. E durante décadas não mais parou de emplacar um sucesso atrás do outros.
Aos poucos foi deixando os sons paraenses de lado. No palco, na segunda-feira, a cantora não vai se afastar das suas origens, mas, com certeza, vai incorporar o espírito o feirense quando interpretar as músicas que a levaram a figurar entre as grandes cantoras do país.
Será uma noite de muita MPB, músicas românticas e, porque não, carimbo, tradicional, alegre e dançante ritmo paraense. Em 1984, Fafá se engajou no movimento Diretas Já, que pedia eleições diretas para presidente. Nos comícios cantou “Menestrel das alagoas”, em homenagem ao senador Teotônio Vilela.
A musicalidade afro-brasileira será apresentada pela Orquestra Afrosinfônica, criada há uma década em Salvador. A singularidade do grupo está na capacidade de misturar os sons da música clássica com a emanada pelos instrumentos de origem afro-brasileiros.
Os músicos enveredam pela música de origem local com conceitos eruditos. E o resultado é um som que faz bem aos ouvidos e a alma, se tornando um importante canal por onde a música clássica transita, mas que carrega no seu âmago o som que remete aos terreiros. Não é uma orquestra à tradição europeia. Mas produz um som tão bom quanto.
É ouvir e sair em busca da ancestralidade, da identidade, resistência. A ferramenta é das mais eficientes.
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