Cerca
de duas mil pessoas vivem em áreas de risco na cidade de Feira de Santana, a
100 km de Salvador, e têm enfrentado dificuldades por conta das chuvas que têm
caído há cerca de uma semana.
O
número foi indicado pela Defesa Civil , após a realização de um mapeamento que
indicou os locais de maior incidência de alagamento, geralmente os que ficam
próximos a lagoas.
“Aqui
na cidade, pelo último georeferenciamento e cadastramento, nós chegamos a
cadastrar mais de duas mil famílias em situações de vulnerabilidade”, afirma
Luiz Américo Soares, coordenador de Planejamento Operacional da Defesa Civil na
cidade.
No
bairro Queimadinha, a água já invadiu várias casas e as ruas estão alagadas. O
funcionário público Manoel de Souza perdeu uma geladeira e teve que construir
uma proteção na entrada da casa para que a água não volte a entrar e danifique
outros aparelhos. “Já me deu vontade de sair daqui, pegar um terreno, comprar
uma casa fora, só para sair daqui. A gente está deitado, na mesma hora tem que
levantar correndo para suspender, colocar por cima de cadeira, em cima de mesa,
os negócios que têm dentro de casa, aí não dá certo”, conta, referindo-se ao
prejuízo material devido à entrada de água em casa.
Na
casa da empregada doméstica Janailda Araújo, um dos móveis precisa ficar
apoiado sobre duas cadeiras para que não seja molhado pela água da chuva.
“Antigamente não era assim. Na hora que o povo começou a aterrar, alagou
tudo", afirma.
Para
a trabalhadora autônoma Ingrid Anni Bacelar tem sido difícil chegar e sair de
casa por conta da lama que se formou na rua. Além disso, a umidade causou
rachaduras nas paredes. “As paredes ficam minando, por causa da chuva. Dá para
ver, as paredes estão todas molhadas mesmo”, conta. No bairro Aviário, uma casa
teve que ser interditada porque a estrutura foi abalada pela chuva e pelo
vento.
Informações e fotoreprodução
TV Subaé
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