A
principal cidade da região sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, terá seis
vereadores a mais a partir das eleições de 2013, mudança estabelecida pela nova
Emenda Constitucional número 58, aprovada pelo Plenário do Senado em 2009. A
medida aumenta o número de vereadores de acordo com a população dos municípios
de todo o país.
Atualmente,
a Câmara de Vereadores da cidade, que possui 300 mil habitantes, conta com 15
vereadores, que realizam duas sessões abertas para o público por mês. Com a
ampliação, o legislativo de Vitória da Conquista passará a ter 21
representantes. Apesar da alteração, o primeiro secretário da Câmara, Alberto
Gonçalves, garante que não terá aumento nas despesas da Casa.
O
novo número poderia estar em até 23 representantes, mas votação na Câmara
estabeleceu o número de 21 para evitar impacto nos salários. "Pelo número
de habitantes, comportaria até 23 vereadores. Mas quando a gente trata a
questão do repasse, que é de apenas 5%, o salário do vereador seria
defasado", explica o primeiro secretário.
Ainda
segundo ele, a Casa recebe um repasse de 5% da arrecadação do município, que
não será alterado com os novos vereadores. Alberto Gonçalves diz ainda que o
mesmo valor será destinado às despesas para pagamento dos salários dos
vereadores, assim como dos assessores e demais funcionários.
O
total anual de gastos da Câmara da cidade corresponde atualmente a cerca de R$
1,5 milhão. O salário bruto de um vereador está em torno de R$ 8 mil e o gasto
com servidores e assessores ultrapassa R$ 2 milhões ao ano. O primeiro
secretário admite que ainda não sabe como o mesmo valor anual será
redistribuído a partir das despesas complementares. "A gente vai ter que
ter um tino administrativo. Acredito que serão necessárias reduções na verba do
gabinete, assim como a verba para assessoria", avalia.
O
comerciante Fernando Gomes diz que ainda não compreende ser necessário o ajuste
no número de vereadores ao aumento populacional. "Aumentar para quê se já
tem bastante?", questiona. O técnico em eletrônica Raul Pires compartilha
da mesma opinião. "Quinze já está bom demais, 21 acho excesso",
afirma.
É
dever dos vereadores fiscalizar o Poder Executivo, melhorar a qualidade de vida
da população, ser o mediador entre a comunidade e o prefeito de uma cidade. Em
Salvador, a adequação aumentará dois vereadores no legislativo, que passará
de 41 para 43 a partir do mesmo período.
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