Médicos do
Sistema Único de Saúde (SUS) devem suspender nesta terça-feira (25/10) por um
período de 24 horas o atendimento eletivo em 18 estados brasileiros - Acre,
Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato
Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.
No Piauí, a
paralisação chegará a 72 horas. Em Santa Catarina e em São Paulo, algumas
unidades de saúde devem suspender o atendimento por algumas horas. No Distrito
Federal, em Mato Grosso
do Sul, no Paraná, no Rio de Janeiro, no Tocantins e em Roraima, estão
previstas apenas manifestações e atos públicos.
O movimento,
coordenado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), tem o objetivo de
protestar contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho no SUS. A
estimativa é que 100 mil profissionais de saúde deixem de trabalhar amanhã.
Nos estados onde
haverá paralisação, serão suspensos os exames, as consultas, as cirurgias
eletivas e outros procedimentos. O vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá,
garantiu que o atendimento a emergências será mantido. 'O movimento é a favor
da população e não contra. Não vamos negar esse tipo de assistência', disse.
Os médicos também
reclamam da não implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), da defasagem da tabela do SUS, da ausência de um
plano de carreira, das contratações sem concurso e da falta de isonomia
salarial na rede pública.
O piso salarial
definido pela Fenam em 2011 é R$ 9.188,22 para uma jornada de 20 horas
semanais. Um levantamento divulgado pelo movimento indica que os valores pagos
atualmente variam entre R$ 723,81 e R$ 4.143,6 - resultando em uma média
nacional de R$ 1.946,91.
Agência Brasil
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