Três meses e meio depois de suspender as atividades
alegando problemas financeiros, a construtora R.Carvalho ainda não quitou a
indenização dos funcionários que perderam os empregos em julho deste ano e não
entregou as casas que estavam sendo construídas desde 2009 em Feira de Santana,
a 100 km de Salvador.
As casas que estavam sendo construídas mudaram de
construtora, mas muita gente que ainda não recebeu os imóveis está tendo que
aliar o pagamento do aluguel com o financiamento.
A servidora pública Andréa Santana gastou mais de
R$ 70 mil para comprar um imóvel em um condomínio em Feira de Santana que está
sendo construído pela R. Carvalho. O prazo inicial para entrega do imóvel foi
em novembro de 2009, depois alargado para junho de 2010 e em seguida para
dezembro de 2010. Até este mês, outubro de 2011, a entrega não foi efetivada.
"A gente se planeja para casar, ter filhos e,
de repente, a gente vê esse sonho adiado, vai adiando a nossa vida pessoal em
função de um sonho que atualmente tem virado um pesadelo", lamenta.
As obras no condomínio estão praticamente paradas.
Quase nenhum funcionário trabalha no local. O aposentado Paulo César também
está aguardando a entrega de um imóvel no mesmo condomínio. "Já gastei no
total R$ 90 mil. Foi R$ 72 no financiamento e mais R$ 20 que demos na casa.
Agora pago um aluguel de R$ 660 mais uma taxa que a Caixa colocou, de R$ 82,
para entrega do imível", conta.
Responsável pela execução de projetos do programa
federal 'Minha Casa, Minha Vida', a empreiteira anunciou crise financeira no dia 11 de julho e demitiu 5.200 funcionários nas cidades de Feira
de Santana e Barreiras no dia 20 de julho.
O advogado da R. Carvalho, Roberto Menezes, informou que todas as obras da empresa já foram retomadas. Além do atraso na entrega dos imóveis, a construtora enfrenta outra cobrança: a dívida trabalhista dos 5.200 funcionários demitidos. Segundo Martins de Jesus, diretor do Sindicato da Construção Civil, a empresa não está cumprindo o que a Justiça determina e muitos funcionários ainda não receberam a rescisão e o seguro desemprego. "Continua da mesma forma da época das demissões sumárias", relata.
O advogado da R. Carvalho, Roberto Menezes, informou que todas as obras da empresa já foram retomadas. Além do atraso na entrega dos imóveis, a construtora enfrenta outra cobrança: a dívida trabalhista dos 5.200 funcionários demitidos. Segundo Martins de Jesus, diretor do Sindicato da Construção Civil, a empresa não está cumprindo o que a Justiça determina e muitos funcionários ainda não receberam a rescisão e o seguro desemprego. "Continua da mesma forma da época das demissões sumárias", relata.
A R. Carvalho informou que está esperando
autorização da Justiça para fazer empréstimo no banco e pagar a primeira
parcela da dívida para os funcionários demitidos.
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