O simples gesto de deduzir na declaração do Imposto de Renda (IR) um
percentual a ser destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente (FMCA) está proporcionando uma revolução nos programas
sociais em Feira de Santana. Sem tirar do próprio bolso nenhum recurso, o
contribuinte pode encaminhar uma parte do que cabe ao “leão” às
entidades sem fins lucrativos, para desenvolverem ações que proporcionam
ocupação aos menores, evitando situação de vulnerabilidade social nas
ruas.
A contribuição pode ser feita na proporção de 6% para pessoa física e
1% para pessoa jurídica. No caso de pessoa física, a destinação do
recurso deve ser feita junto com a declaração do Imposto de Renda, até o
próximo dia 28 de abril.
Para as crianças, a iniciativa é um gesto de solidariedade que pode
definir seus futuros, conforme explica a gestora do Dispensário Santana,
Irmã Rosa, ao observa a importância deste gesto. “É um gesto nobre a
contribuição que a sociedade pode dar. Através deste apoio realizamos
importantes projetos que atendem mais de 600 crianças, além de
trabalharmos famílias, o fortalecimento de vínculos familiares e o
desenvolvimento de talentos, para que estas crianças cresçam integradas e
harmonizadas”, ressaltou.
Para se ter idéia da importância das ações sociais, somente o
Dispensário Santana desenvolve projetos gratuitos voltados para as
crianças incentivando a prática de esportes, dança, música e cultura. E
boa parte dos recursos para tocar estas obras vem de doações, que podem
ganhar reforço com a destinação de percentual do IR para o Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CMDCA), Maria Regis, ressalta a importância da população
abraçar a iniciativa visando ampliar os projetos sociais desenvolvidos
na cidade com apoio destes recursos. “No ano passado só podemos abraçar
10 projetos sociais, justamente porque os recursos doados através da
dedução não foram suficientes para atender à demanda. Mas para este ano a
expectativa é de ampliarmos com a sensibilização da sociedade, já que
diretamente não tiram nada do bolso, apenas o que seria destinado ao
“leão””, frisou.
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