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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Seduc promove escuta formativa sobre Educação Escolar Quilombola

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Fortalecer o diálogo entre escola e comunidade, além de levantar informações para subsidiar a escrita da proposta curricular sobre Educação Escolar Quilombola para a Educação Básica. Este é o objetivo da escuta formativa realizada durante toda esta quarta-feira, 31, na Escola Municipal Vasco da Gama, na comunidade Quilombo de Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria.

O evento foi aberto pela professora Maria Cristina Sampaio, técnica do Núcleo de Estudos para as Relações Etnicorraciais e Educação Quilombola - NerEEQ, da Seduc. Os professores abordaram aspectos como a importância da escola no fortalecimento da identidade dos alunos: “Precisamos também resignificar a palavra quilombo. Quilombo é um espaço de transformação social e de construção. Um espaço de democracia e valorização da identidade da cultura negra africana e afro-brasileira”, afirma Maria Cristina.
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O evento foi realizado pelo NerEEQ e Grupo de Currículo do Ensino Fundamental de Feira de Santana. Professoras fundadoras da Escola Municipal Vasco da Gama, as primas Silveria Almeida dos Santos e Maria de Lourdes Soares dos Santos contaram suas experiências e foram homenageadas. Elas trabalharam, respectivamente, 25 e 26 anos na Rede Municipal de Ensino e ainda hoje participam de diversas atividades como voluntárias.

“Começamos aqui com pouco mais de 40 alunos. Desde aquele tempo já abordávamos conteúdos da educação escolar quilombola, mas sem saber que, de fato, pertencíamos a um quilombo. Isso só aconteceu muito tempo depois. Desde que descobrimos começamos a estudar sobre o assunto e sou muito feliz por saber que pertencemos a um dos primeiros quilombos reconhecidos da região”, comenta Maria de Lourdes Soares dos Santos.
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Funcionário da Escola Vasco da Gama há seis anos, quatro deles dedicados à sala de aula, Mangole Felipe, africano de Moçambique, reafirma a importância de trabalhar com as crianças sobre a sua origem e pertencimento: “É de suma importância que as novas gerações reconheçam suas origens. Para que elas se reconheçam como povo quilombola e não permitam que sua cultura desapareça. É importante pensar num currículo escolar voltado para a realidade do quilombo”, afirma ele.


Com a presença de membros da comunidade, gestores, coordenadores pedagógicos e professores de outras escolas da Rede Municipal de Ensino, o evento debate aspectos como a educação escolar que temos, o que não pode faltar na proposta curricular da educação escolar quilombola e a educação escolar quilombola que queremos.

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