A história da raiz do povo Bantu, nos 100 anos da casa mãe Tumba Junsara em Feira de Santana, ganhou evidência com a promoção de um seminário que reuniu centenas de estudiosos e descendentes desta linhagem que tanto contribuiu para o desenvolvimento do Brasil e enriquecimento de sua cultura. O evento, realizado neste sábado, 12, e domingo, 13, foi marcado por palestras e homenagens, durante encontro na Instituição Religiosa Nzo Lemba Tateamoxikongo, na Fazenda Lagoa das Pedras.
Durante o 1º Seminário “Bantu: recontando verdades sobre a identidade da história do Brasil – diáspora” foram realizadas palestras com as participações dos palestrantes Bárbara Carine Pinheiro, professora doutora da UFBa, Anailton dos Anjos, assistente social metre da Faculdade Estácio, Dr. Paulo França, psicólogo do Hospital Aliança, e Esmeraldo Emetério de Santana Filho, presidente da Associação do Tomba Junsara.
A iniciativa proporcionou um reflexão e identificação da importância do Bantu na cultura feirense, tendo como patrimônio educativo Bantu em Feira de Santana o terreiro Nzo Lembá Tateamoxikongo. Com isso, o Bantu é visto como um dos símbolos de resistência, patrimônio educativo e de grande contribuição para a valorização da história e memória da formação cultural baiana.
O chefe de Gabinete do prefeito Colbert Martins Filho, Mário Borges, esteve representando o prefeito e ressaltou que o chefe do Executivo Municipal reconhece a importância do evento, além da força e empenho dos organizadores visando a preservação cultural e religiosa de um povo.
Líder religioso, Tata Inquise – Walter Ribeiro - ressaltou as contribuições do povo negro de raiz Bantu na cultura e desenvolvimento do Brasil.
Uma das organizadoras do evento, Lurdes Santana informou sobre as ações desenvolvidas no município que colocam Feira de Santana em destaque no cenário nacional na promoção da igualdade racial. E lembrou que a partir de abril deste ano, os terreiros existentes na cidade serão todos mapeados, através de projeto de nível nacional.
Palestrante, o presidente da Associação do Tumba Junsara, Esmeraldo Emetério de Santana Filho observou a longa trajetória do Tumba Junsara. “Não foi tão fácil chegar até este momento”, afirmou, ao contar um pouco da história do povo negro, a partir de seu sofrimento e resistência durante o período de escravidão, desde sua saída da África até o Brasil.
Doutor, o psicólogo Paulo França demonstrou humildade ao se considerar pequeno diante da sabedoria popular dos líderes religiosos presentes, aos quais se dirigiu fazendo referência aos seus mestres. “Precisamos sempre aprender alguma coisa, a humildade, a simplicidade e bravura que nos trouxe até aqui. A grande universidade que participo hoje á a Tumba Junsara”, afirmou.
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