A Polícia Civil de Feira
de Santana registrou 46 mortes violentas durante os dois dias de greve da
Polícia Militar no estado, segundo informações da 1ª Coordenadoria de Polícia
do Interior (Coorpin). Entre os crimes registrados, foram 40 homicídios, um
latrocínio e cinco autos de resistência (confronto entre marginais com
policiais). Segundo o delegado Ricardo Brito, responsável pela 1ª Coorpin, os
casos ainda estão sendo contabilizados pela DH.
A
situação deixou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira completamente lotado
- os corpos de algumas vítimas ficaram no Hospital Clériston de Andrade aguardando
uma vaga para serem encaminhados ao DPT. "Quero chamar a atenção da
sociedade, pois a demora em uma situação como essa é normal. Não temos. como
liberar todos os corpos no mesmo momento, pois serão periciados, já que foram
vítimas de arma de fogo", disse na manhã desta quinta ao Acorda Cidade o
coordenador do DPT, Renato Lacerda.
Lacerda
informou que todas as equipes do DPT estavam trabalhando e caso a greve da PM
continuasse seria necessário ter reforço de regionais vizinhas. Ele chegou a
pedir a compreensão de familiares de vítimas para que não fossem muitas pessoas
ao DPT. "Não precisa vir a família toda para o DPT. Pedimos que venha
apenas um parente para adiantar as questões funerárias".
Segundo informações da
Delegacia de Homicídios de Feira de Santana ontem, a média normal é e 1
homicídio por dia na cidade - a Coorpin informa uma média de 3 a 5 homicídios
diários na região. Nesta quinta-feira, a delegada Ana Cristina Santos de
Carvalho, titular da DH, não quis falar sobre os homicídios registrados em
Feira de Santana no período de greve.
Por
conta da greve, Feira não teve aulas em escolas públicas e particulares na
quarta e na quinta. A Uefs também suspendeu as aulas no período. A Micareta de
Feira chegou a ser ameaçada, mas com o fim da greve da PM a prefeitura anunciou
que está mantida para os dias 24 a 27 de abril.
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