As duas pistas do Circuito Maneca Ferreira foram ocupadas por uma
multidão que acompanhou a banda La Furia, e o seu pagode erótico, desde o
início da sua apresentação. Normal, se o arrastão não tivesse acontecido quase
duas horas da madrugada. Foi um dos últimos esforços coletivos da festa.
Os foliões pareciam em êxtase quando gastavam suas últimas reservas de
energia. Afinal, foram quatro dias oficiais, mais um de lambuja, de Micareta.
Todos estavam suados e não foram poucos que tinham as marcas do cansaço no
rosto. Reflexos no físico da grande maratona de música.
Mesmo cansados, eles obedeciam o que o cantor da banda pedia e desciam
até ao chão, se contorciam ou pulavam de um lado para o outro. Tudo em nome da
animação. Eles aproveitaram até o último minuto da festa.
E quem pensou que a dispersão era o final da festa para eles, se
enganou. Voltavam em grandes grupos para correr atrás da próxima atração. Os
foliões só pensaram em se divertir. Nem que para isso gastassem o seu último
traço no seu imaginário medidor de energia.
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