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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sesab quer que médico devolva valor arrecadado para a reforma do HGCA

Enfermaria do HGCA
 A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) considerou precipitada a campanha de arrecadação de dinheiro para reforma do posto de enfermagem e sala de medicação da clínica do Hospital Estadual Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, realizada pelo professor da Faculdade de Medicina e Coordenador de Residência de Clínica, Cesar Oliveira. Além de ser notificado, a Secretaria vai pedir que o médico retire a postagem da rede social e que devolva o valor aos doadores.

O médico comenta que não foi notificado sobre a decisão da Sesab até o momento e, por isso, prefere não comentar. Ele havia conseguido arrecadar R$ 5.480 e a obra seria iniciada na terça-feira (05/08).
"Apesar do nobre objetivo, a atitude foi irregular, precipitada e realizada a revelia. Em nenhum momento este profissional foi autorizado pela instituição a realizar qualquer tipo de ação para arrecadar fundos com a finalidade de realizar reformas na unidade", afirma, em nota, a pasta. De acordo com a Sesab, reformas e construções devem ser acompanhadas pela Diretoria de Obras, Projetos em Saúde (Diops).
 
Segundo a Sesab, o hospital geral estava em "péssimas condições" em 2007, quando foram aplicados R$ 9 milhões para reformar e ampliar o número de leitos das UTI adulto, infantil e neonatal. Além disso, informa que também passaram por requalificação o refeitório, algumas enfermarias e "outras instalações". "Está em fase de finalização mais um processo licitatório, no valor de R$ 780 mil, com a finalidade de promover mais um conjunto de reformas", afirma.
Na segunda-feira (4), a assessoria de comunicação da unidade de saúde informou que apoia o ato do profissional. O médico pretendia pintar os setores, instalar ar-condicionado, melhorar a instalação elétrica, colocar prateleiras e trocar a rede externa de proteção contra insetos.
 
"Meu foco não é fazer denúncia contra a saúde pública, não é transformar isso em panfleto contra as condições do hospital, mas mostrar como a gente pode, apesar dos impostos que pagamos, nos inserir nesse espaço e ajudar de alguma forma, melhorar uma condição de funcionamento do hospital. Queremos fazer com que seja mais confortável a situação dos pacientes, dos funcionários e nossas também que trabalhamos lá", relatou o professor.
A campanha foi iniciada no dia 30 de julho e encerrada no dia 1º de agosto, assim que o dinheiro orçado para a reforma foi obtido. De acordo com o coordenador, a iniciativa contou com doações de moradores da região, de representantes de empresas, além dos próprios médicos. "Acho que a campanha de uma certa forma foi rápida porque têm muitas pessoas dispostas a colaborar, desde que você tenha credibilidade, que seu trabalho seja reconhecido. Têm muitas pessoas dispostas a doar, elas só precisam ser encontradas", apontou.
 
Informações do g1 

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