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AQUI TEM TRABALHO

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


O estelionatário Antônio Carlos Assis Costa, 37 anos, um dos sócios do Cerimonial Antônius, em Matatu de Brotas, que lesou dezenas de formandos, noivos e aniversariantes, cobrando antecipadamente pelo  buffet contratado para as festas, mas sem prestar o serviço, foi apresentado à imprensa na manhã desta sexta-feira (02/09), no auditório do prédio da Polícia Civil, na Piedade. Capturado ontem, em São Paulo, em companhia do sócio José Dirceu Alves dos Santos Júnior, 33 anos, Antônio Carlos foi recambiado para Salvador por investigadores da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon).

José Dirceu, que sofreria de uma grave doença, ficará por enquanto custodiado em São Paulo, devido à fragilidade de seu estado de saúde, a ser comprovado por laudo médico. Com o apoio de policiais civis paulistas, a equipe da Decon localizou os golpistas num imóvel alugado no município de  Itaquaquecetuba, onde vinham residindo desde que fugiram da Bahia.  Eles tinham mandados de prisão preventiva em aberto, expedidos em maio pelo juiz Cláudio Césare Braga Pereira, da 10ª Vara Criminal, segundo informou o delegado Oscar Vieira de Araújo Neto, titular da Decon.

Vítimas do golpe aplicado pela dupla, sobretudo a partir do verão deste ano, denunciaram o Cerimonial Antônius à polícia, tendo a Decon instaurado cinco inquéritos a partir do mês de março. De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado João Ricardo Gomes Barbosa, da Decon, o esquema pode ter rendido aos estelionatários mais de R$ 200 mil. Eles exigiam a antecipação do pagamento em 50% e, muitas vezes, do valor total do buffet, mas não prestavam o serviço, constrangendo os clientes e  seus convidados em festas que por falta de bebida, comida e de garçons acabavam não acontecendo.

 Segundo apurou o delegado João Ricardo, os golpistas cobravam, em média, de cada formando, R$ 4 mil pelo serviço de buffet. As festas de casamento custavam, no mínimo, entre R$ 10 e 12 mil. A investigação apontou ainda que o Cerimonial Antônius era registrado em nome da mãe e de uma cunhada de Antônio Carlos, usadas como “laranjas”.

José Dirceu e Antônio Carlos foram indiciados em inquérito policial por crime de estelionato. Trazido para a capital baiana por volta de meia noite de ontem, Antônio Carlos foi interrogado pelo delegado Oscar Vieira para esclarecer, entre outros fatos, o destino do dinheiro arrecadado com o golpe. Ele ficará à disposição da Justiça na Polinter.

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