Rodoviários paralisam as atividades em Feira de Santana

Os funcionários das empresas de transporte coletivo de Feira de Santana paralisaram suas atividades na manhã desta segunda-feira (07/04), em Feira de Santana, deixando toda a população sem o serviço. Houve uma reunião entre o presidente do Sindicato dos Rodoviários, vereador Alberto Nery, e representantes 18 de Setembro e Princesinha e o prefeito José Ronaldo de Carvalho e os funcionários das empresas de ônibus decidiram manter a paralisação.

Os motoristas e cobradores resolveram cruzar os braços e saíram em passeata em direção à prefeitura, no centro da cidade deixando o transito congestionado em diversos bairros. A principal reclamação dos funcionários é a falta do pagamento do tíquete alimentação, que deveria ter sido pago no 5° dia útil deste mês, segundo informou o sindicalista Josué de Oliveira. Além disso, os funcionários cobram o pagamento do FGTS, que já estaria há cerca de quatro meses em atraso.  

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, durante a reunião foi apresentado o comprovante do depósito correspondente a 23 mil reais, mas, segundo ele, pela quantidade de trabalhadores, o valor a ser depositado é de cerca de 330 mil reais. Por entender que o valor depositado é inferior ao que eles estão pedindo, os funcionários decidiram manter a paralisação.

“Entramos em contato com a empresa e fomos informados que com esse valor, apenas o pagamento do tíquete será liberado, porém isso só ocorrerá amanhã”, informou.
 

O prefeito José Ronaldo de Carvalho destacou que a empresa tem a obrigação de atender o que está firmando com os trabalhadores e disse que vai buscar, com todas as suas forças, a solução do problema para que a paralisação termine. 

“Se existe essa obrigação de pagar o tíquete, a empresa tem que pagar. Ela deverá solucionar esses problemas urgentemente, pois a cidade não pode ficar sem o transporte público”, afirmou.
 

José Ronaldo ainda falou sobre a qualidade do serviço em Feira de Santana e destacou que não pretende aumentar o valor da tarifa. “Não pretendo aumentar a passagem, pois a prefeitura fez estudos, que não detectaram a necessidade de reajuste. O país passa por um sistema ruim de transporte público, que vem sofrendo críticas. Estamos buscando algo definitivo para Feira, que é o BRT (Transporte Rápido), mas isso não se faz da noite para o dia. É uma coisa longa e demorada, mas de imediato a empresa tem que cumprir suas obrigações”, destacou. 

Ronaldo afirmou que um estudo profundo sobre o sistema de transporte público está sendo realizado na cidade, mas que não sabe se esse é o momento adequado para abrir uma licitação para contratação de novas empresas.

Informações e fotos do CORREIO FEIRENSE