Comemoração
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O petista Rui Costa se elegeu governador da Bahia neste domingo (05/10), vencendo a disputa em primeiro turno. Ele derrotou, entre outros, os candidatos Paulo Souto (DEM) e Lídice da Mata (PSB). Com 94,79% das urnas apuradas, Costa recebeu 54,14% dos votos válidos. Souto teve 37,59% e Lídice 6,78%.
Pela manhã, Rui votou acompanhado de familiares e correligionários. "Até me atrasei um pouco, pois fiz questão de passar pela frente da casa de meu pai, na ladeira onde cresci, isso tudo me fez pensar em nas barreiras que ultrapassei para estar aqui hoje", comentou Rui, criado na Rua Major Cunha Matos, próxima à Baixa do Fiscal.
Rui teve uma significativa arrancada final. Desde a primeira pesquisa Ibope, em que pontuou 8%, ele passou para 15%, 24%, 27% e 36%, finalmente, indicando empate técnico com Paulo Souto - 46% dos votos válidos para ambos. "Não era possível, comício e caminhada com 10, 15 mil pessoas e a gente para trás nas pesquisas. É uma pena que esses institutos levaram tanto tempo para confirmar o que já estava claro nas ruas", afirmou pela manhã.
Soteropolitano, Costa, 51 anos, é formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), casado e pai de três filhos. Antes de se formar em Economia, concluiu o curso de Instrumentação na Escola Técnica da Bahia e cursou Ciências Sociais. Ele sempre estudou em escolas públicas e cursou o ginásio na escola Luiz Tarquínio, na Boa Viagem.
Rui começou a trajetória política no início da década de 1980, através da luta sindical no Polo Petroquímico de Camaçari. Em 1985, liderou a primeira grande greve, que paralisou o Polo com apenas 22 anos de idade. A partir daí, entrou para a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica, Química, Plástica e Afins (Sindiquímica). Dois anos depois, coordenou a campanha do então candidato ao governo Jaques Wagner.
Foi eleito vereador de Salvador pelo PT em 2000 e reeleito em 2004. Foi secretário do governo Wagner em 2007 (Relações Institucionais) e, em 2010, licenciou-se do cargo de deputado federal para assumir a Casa Civil.
Campanha
O resultado confirma o crescimento do candidato apontado pela última pesquisa Ibope, que atribuiu ao petista a maior subida entre os candidatos ao governo desde o começo da campanha. No entanto, a vitória no primeiro turno surpreende, uma vez que o indicativo era de segundo turno. Ainda no mês de julho, Rui Costa (PT) aparecia, em terceiro, com 8%, enquanto Souto aparecia com 42% e Lídice (PSB) com 11%. No decorrer da campanha, o petista apresentou crescimento no número de votos, atingindo 36% na pesquisa divulgada no último sábado (4), se igualando.
Costa teve coligação formada pelos partidos PT, PP, PSD, PDT, PR, PC do B, PTB e PMN, na coligação “Para a Bahia mudar mais”. Tem João Leão como vice e Otto Alencar como opção para o Senado, que venceu a disputa.
O petista tem o governador da Bahia, Jaques Wagner, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e a candidata Dilma Rousseff, atual presidente da República, como principais apoiadores. Por outro lado, o principal opositor, Paulo Souto, conta com os apoios do prefeito de Salvador, ACM Neto, além do ex-prefeito de Salvador e deputado federal pelo PSDB, Antônio José Imbassahy, um dos principais oponentes do governo Dilma do Congresso Nacional.
Durante a campanha, Rui Costa, candidato do PT, foi citado em uma denúncia de uma revista nacional como beneficiado de um esquema de desvio de verba do Instituto Brasil que deveria ser aplicada na construção de casas populares. O caso foi usado como assunto de campanha pela coligação do DEM. O petista conseguiu um “nada consta” do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e que a Justiça Eleitoral proibisse que os opositores citassem o seu nome no horário eleitoral.
Com informações do repórter Victor Lahiri/CORREIO 24 HORAS e Foto: Estela Marques e Mauro Akin Nassor
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