Até
o início da noite desta terça-feira (09/08), agentes da Policia Federal já
tinham efetuado a prisão de 35 pessoas por suspeita de participação em um
esquema de desvio de recursos no Ministério do Turismo. De acordo com o órgão,
já foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva e 16 de prisão temporária
(de até cinco dias).
Entre
os presos, há seis servidores públicos, entre eles o numero dois da pasta, o
secretário-executivo Frederico Silva da Costa. No início da noite, oito
suspeitos foram transferidos de Brasília para a Superintendência da Polícia
Federal no Amapá, em Macapá, onde ficarão à disposição da Justiça.
Também
foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão durante a Operação Voucher.
Os agentes apreenderam documentos e computadores que serão analisados na
próxima fase da investigação.
Já
em São Paulo, na casa do diretor executivo do Ibrasi (Instituto Brasileiro de
Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), Luiz Gustavo Machado, foram
apreendidos R$ 610 mil em espécie. O instituto, que tinha contratos com o
ministério, também é investigado.
A
investigação começou em abril, depois que um levantamento do TCU (Tribunal de
Contas da União) detectou irregularidades no contrato firmado entre o
Ministério do Turismo e o Ibrasi. O valor do convênio fraudado é de R$ 4,4
milhões. A PF estima que dois terços do recursos tenham sido desviados pelo grupo.
PRESOS
Dentre
os presos na operação, está o secretário-executivo do Ministério do Turismo,
Frederico Silva da Costa, que, depois do ministro Pedro Novais, ocupa o cargo
mais importante da pasta.
Além
de Costa, foi preso o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de
Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, ex-deputado federal, e Mario Moysés,
ex-presidente da Embratur. A PF também anunciou que prendeu empresários e
funcionários do ministério e do Ibrasi. Na casa do diretor-executivo do instituto,
também preso, a PF diz ter apreendido R$ 600 mil em espécie.
O
procurador da República do estado do Amapá Celso Leal, responsável pelas
investigações de irregularidades no Ministério do Turismo, disse que até o
final deste mês deve denunciar os envolvidos na Operação Voucher por formação
de quadrilha, fraude em licitações e peculato.
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