O
secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que
tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro, está entre 38 presos
na Operação Voucher da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira (09/08).
Conforme
a PF, a ação visa "combater o desvio de recursos públicos destinados ao
Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao orçamento da
União".
O G1 procurou a
assessoria de imprensa do ministério, que disse que ainda não tem informações
sobre a operação. Dirigentes do ministério estão reunidos com a consultoria
jurídica da pasta para decidir quais procedimentos serão adotados.
Conforme
a PF, a operação contou com 200 agentes que cumpriram 19 mandados de prisão
preventiva (sem prazo determinado), 7 de busca e apreensão e outros 19 de
prisão temporária (de cinco dias prorrogáveis por mais cinco dias), em
Brasília, São Paulo e Macapá (AP).
Além
do secretário-executivo, foi preso o secretário nacional de Desenvolvimento de
Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, um ex-presidente da
Embratur, além de empresários, diretores do ministério e funcionários do
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).
O G1
tenta contato com dirigentes do Ibrasi.
Só
em Brasília foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 2 de busca e
apreensão e 5 de prisão temporária. Todos os presos temporários serão transferidos
para Macapá, segundo a Polícia Federal.
Conforme
a assessoria do ministério, o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), está em
São Paulo e chega a Brasília no começo da tarde desta terça.
Investigação
Em nota, a PF afirma que foram detectados indícios de desvio de dinheiro público em um convênio que previa a qualificação de profissionais de turismo no Amapá.
O
convênio foi assinado entre o ministério e o Ibrasi em 2009, e de acordo com a
PF, não teria tido chamamento público para que outras entidades se
candidatassem a oferecer o serviço.
Ainda
de acordo com a PF, o instituto - que é uma organização sem fins lucrativos -
não tinha condições técnicas de prestar os serviços de qualificação.
De
acordo com a PF, houve ainda direcionamento de contratações a empresas que
fariam parte do suposto esquema de desvio. Além disso, foi verificada ausência
de preços de referência, não-execução ou execução parcial de serviços,
pagamentos antecipados, fraudes nos comprovantes de despesas e falhas na
fiscalização do convênio.
Informações do G1
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