A Polícia Federal (PF) do Amapá pediu ao
Ministério Público Federal (MPF) o indiciamento do ex-secretário Nacional de
Desenvolvimento de Programas para Turismo, Colbert Martins (PMDB). Na última
quarta-feita (25/08), o relatório final da PF com detalhes sobre a Operação
Voucher, deflagrada no dia 9 de agosto, foi entregue ao promotor Celso Leal.
Não há prazo para que ele analise toda a documentação e decida se vai indiciar
ou não o ex-secretário.
As investigações da Polícia Federal começaram
em abril, a partir do levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que
identificou supostas irregularidades em um convênio no valor de R$ 4,4 milhões
entre o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de
Infraestrutura Sustentável– uma organização sem fins lucrativos.
Colbert
Martins continua alegando inocência e apontando gestões anteriores como
responsáveis pelos supostos acordos irregulares. “Assumi a secretaria no dia 14
de março e no dia 12 de abril despachei alguns processos conforme rotina da
pasta. É bom que fique claro que todos os convênios são de 2009 e até hoje não
foram suspensos. Não foi feito qualquer convênio em minha gestão, mas no de
ministros anteriores. Continuo confiando na Justiça ”, afirma.
Colbert chegou a ficar preso por três dias no
Instituto de administração Penitenciária do Amapá e só deixou a carceragem após
conseguir um habeas corpus no dia 12de agosto. O advogado do PMDB, Manuel
Nunes, argumentou que não há provas suficientes para mantê- lo preso. Se
indiciado, o ex-secretário terá que responder pelo crime de peculato e, se
considerado culpado, pode pegar de dois a 12 anos de prisão.
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