O gesto é simples. Depende da sensibilidade, vontade própria e da
produção de leite em excesso. São estes os critérios para que uma mãe seja
doadora do alimento. Nesta segunda-feira, 19, Dia Nacional de Mobilização dos
Bancos de Leite, o Hospital da Mulher realizou palestras e ofereceu um café da
manhã para as mães cadastradas.
O objetivo é incentivar as doações e suprir o estoque. Dos 56 litros
armazenados no início do mês, restam aproximadamente 45 litros – quantidade
considerada baixa. Por dia saem do BL de 1,5l a 2l de leite. O alimento é
destinado para os recém nascidos que estão internados no berçário ou na UTI
Neonatal do Hospital da Mulher.
“A maioria é bebês prematuros, que não conseguem sugar o leite da mãe.
Com isso, elas deixam de produzir o alimento. Outras não podem amamentar
temporariamente por apresentar algum problema de saúde”, explica a coordenadora
do Banco de Leite, Débora Castro.
Ela afirma que funcionárias do BL visitam as pacientes nas enfermarias
duas vezes ao dia, onde realizam orientações e palestras e são feitos os
convites. Contudo, acrescenta a coordenadora, boa parte dessas mães é de outros
municípios. Após receber alta médica, retornam para o local de origem e deixam
de doar.
As mães que tiveram seus filhos em outros hospitais também podem ser
doadoras. Para isto, elas devem demonstrar o desejo no próprio hospital ou
ligar para o número 3602-7152, que a visita será agendada.
Francismara Santos, 29 anos, deu à luz a pequena Maria Vitória no
Hospital da Mulher. Ela é uma das cadastradas no Banco de Leite. “É uma forma
de ajudar outras mães que não conseguem produzir o leite para amamentar seu
filho. Fico feliz em salvar vidas”, diz.
Suely Velame, 26, também produz leite em excesso – mais do que seu filho
Guilherme necessita. Ela retira um litro do alimento por dia para doá-lo ao BL.
“Faço com o maior prazer”.
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