Mulheres hipertensas e diabéticas são as que mais têm crianças prematuras – principal causa de morte de crianças até os 28 dias de vida do bebê - no Hospital da Mulher. Outras pacientes apresentam como causas do problema a gravidez na adolescência, deslocamento de placenta prévia e infecção urinária. Em 2014, a instituição registrou 276 partos antes do tempo, que representam 6,2% destes procedimentos durante 12 meses. O índice é considerado alto pela direção do hospital, referência em média e baixa complexidade em obstetrícia.
Os 6,2% representam metade dos casos registrados no país, em 2013, que chegaram a 12,4% dos nascimentos – no Nordeste passa de 14%. Para que haja redução neste índice, diz a diretora do Hospital da Mulher, Charline Portugal, é necessário que as grávidas procurem as unidades de saúde e cumpram todas as etapas do pré-natal, bem como as adolescentes sejam orientadas de como evitar a gravidez. “Ao longo dos nove meses são sete consultas que podem evitar problemas futuros para a criança”, diz. E não é incomum encontrar mulheres que não tenham feito ao menos uma consulta.
É considerada prematura a criança que nasce com até 36 semanas – entre o 6º e 7º mês, e o peso varia entre 750 gramas e 1,1 quilo. Ela poderá ter como seqüela problemas no trato respiratório, insuficiência cardíaca, entre outros, além de uma longa permanência na unidade, que representa maior custo. De acordo com Charline Portugal, o período de internamento de uma criança com estas características varia de 25 a 60 dias, a depender da patologia apresentada pelo recém-nascido.
Quando atinge 2,5 quilos recebe alta. Antes, passa pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, o Berçário de Alto Risco e, se for o caso, pelo programa Mãe Canguru. Apenas nos primeiros dois meses deste ano já foram registrados 52 partos de prematuros – se a média for mantida serão mais de 300 no final do ano. Em 2013, foram 585.
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